Os microfones sem coragem da Bahia

Tive o desprazer de ouvir alguns tolos com microfone que encontraram motivos para desfazer do movimento “público zero” que hoje a torcida recorre justamente por não ter motivos nem horizontes para ver um Bahia forte. Ninguém quer ver o Bahia sofrer vergonhas que se avolumam dentro e fora do campo, por isso o “público zero”.

Tais microfones conhecidos a anos a fio por sua subserviência em detrimento da busca de verdade e soberania da liberdade do cidadão, veio impingir um caráter oportunista ao movimento “público zero”, embora saibamos por todas as evidencias que o grande incentivador do publico zero é o presidente do Bahia com sua afronta a qualquer bom senso quando se coloca a acima da torcida e dos sócios dos clubes.

Você, dono do microfone insincero, que não se importa com o futebol da Bahia, ao contrário, suga dele tudo o que puder,  devia reconhecer o seu medo de mudar. Seu medo de viver novos ares sem o costumeiro privilégio de amizades com políticos. Aprendam com os mais jovens que fazem jornalismo sério na Bahia e que honram o Bahia Notícias, o jornal ATarde e o Correio da Bahia e etc.

Deviam, microfones insinceros, ser menos subservientes a políticos e ter capacidade de lutar frente a frente com os valentes que não se inibem com sua demagogia. Lutai mais por ideais  que os interesses menores de falsos amigos, microfone insincero. Quanta vergonha na imprensa baiana sem coragem!

“Triste Bahia

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!”

Gregório de Mattos

Do livro “História concisa da Literatura Brasileira”, de Alfredo Bosi, Editora Cultrix, 1994, SP.
Enviado por: Leninha

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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