Tragédia familiar comove base rubro-negra

                                     

Fui dar uma espiada no blog do Franciel e me sensibilizei com esse relato de uma tragédia famíliar. Acho que todo mundo pode ajudar. Se puderem ajudar,melhor! 


“Há seis anos, considerando o dia 24 de fevereiro 2013, perdemos um dos meninos de nossa base do futebol e cidadania viva, ao se arriscar em um nado mais longo.

Tigrilinho, como era carinhosamente chamado pelos amigos, excedeu-se na confiança e a maré da praia de ondina o engoliu e só devolveu seu corpo sob os prantos de seu pai e familiares.

 Uma Tragédia com T maiúsculo.

Ontem, dia 24, seu primo Luis, 31 anos, mergulhador profissional, não considerou a data da tragédia histórica da família e foi mergulhar na mesma praia.

Caiu no mar com um amigo que sempre fazia a dupla do mergulho de apneia e fez um antigo percurso de um pesqueiro a dois quilômetros da costa.

Mas a própria dinâmica do mergulho em duplas faz com que os parceiros se afastem um pouco. Nisso, Luís arpoou um grande peixe e o mesmo entrou na loca. 

Ao tentar tirá-lo, passou por complicações e apagou.

O amigo, ao sentir falta dele, voltou pelo mesmo caminho e o viu no fundo. Tentou tirá-lo e mesmo ainda vivo, não conseguiram revivê-lo pois já vomitava sangue e muita água ao mesmo tempo.

A Samu foi acionada e não chegou. Em hora nenhuma.

Luís faleceu e deixou uma mulher e um lindo filhinho nascido no dia 23, um dia antes de seu trágico falecimento.

Tomamos conta do corpo na praia e não deixamos os urubus dos programas de meio dia filmarem o defunto. A partir dai, entrei em campo.

Acalmei todos os familiares do finado, principalmente a sogra que desabafou um choro e o lamento de uma raça.

E, com a ajuda do vento, ecou seu choro por todos os cantos da praia. 

 Antes mesmo de eu chegar a casa da filha, esposa do Luís, onde me dirigi para pegar os documentos do finado, a noticia teletransportou-se e lá tive que presenciar o choro de uma jovem mãe e agora viúva, ainda no resguardo.

Ela aos prantos contou que Luís passou a noite toda com o filho no colo.

Uma despedida.

E, amamentando seu filho, perguntou-me. “Moço, o que vou fazer para criar essa criança sozinha? O que vou fazer para aguentar tamanha dor?

Lhe respondi dizendo que amamentasse seu filho, com todo o amor do mundo e que o tempo iria lhe responder. 

Ousei falar de Deus. E mesmo sem certeza, lhe disse que Deus tem um propósito para tamanha tragédia em sua vida.

Na batida da real, peguei os documentos do rapaz e levei para a praia. Nesse momento, chegava também o rabecão. Pedi licença a multidão e entreguei os documentos as autoridades.

Luís foi levado e com ele o espanto de todos nós e dos familiares. 

E todos juramos perguntar a Deus, como ele poderia explicar tamanha tragédia, replicada no dia de aniversário da morte de outro ente querido da família e, no dia após o nascimento de uma linda criança, filho de Luís, o finado.

Amigos, resolvi compartilhar isso com vocês porque estou extremamente comovido e não consegui chorar. Mas, graças a Deus, consegui agora ao saber que tenho amigos e que cheguei aos meus 46 vivo para contar essa historia. 

Se alguém puder colaborar com a jovem e pobre viúva, entrem em contato comigo via e-mail para doar um saco de fraldas e repliquem o pedido em suas redes.

Se alguém não puder e não quiser, também compreendo pois sei que ninguém tem nada a ver com isso e desde já peço que não se sintam na obrigação e nem me queiram mal por pedir em nome de pessoas que foram assaltadas por tamanha tragédia.  Abraço.

 Atenciosamente, 

 Cláudio Deiró

deirocidio@yahoo.com.br

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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