Pituaçu pode virar elefante branco

Dezembro de 2012. Após pouco mais de dois anos de obras, a Arena Fonte Nova deve ser entregue à população de Salvador. O Bahia, que por 56 anos mandou seus jogos no local, será o principal clube beneficiado com o novo estádio, construído a toque de caixa para servir de sede na Copa do Mundo de 2014. Interessados em aproveitar a moderna estrutura da arena, diretores do Tricolor assinaram até mesmo um acordo de intenções para voltar a mandar jogos na antiga casa. Retorno bastante comemorado pela torcida, mas que, no entanto, deve gerar um sério problema para o futebol baiano. 

Com a inauguração da Fonte Nova, o estádio de Pituaçu perderá o seu principal, e pela maior parte do ano, único mandatário. Construído entre fevereiro e dezembro de 2008, o palco de jogos do Bahia nos últimos três anos já ensaia uma contagem regressiva para se despedir do Tricolor, enquanto convive com o alto risco de acabar subutilizado já na próxima temporada. 

A conta é simples e não fecha. A partir de 2013, Salvador terá três estádios com capacidade superior a 30 mil torcedores, mas apenas dois clubes de massa capazes de encher as arquibancadas durante boa parte do ano. Como resultado da equação, uma das arenas ficará sem uma equipe mandatária. E, no cabo de guerra entre os três gigantes, Pituaçu é quem sai em desvantagem. 

Em nome da tradição, o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, já anunciou que o Tricolor está de malas prontas em direção à Fonte Nova. Do lado do Vitória, Alexi Portela afirmou que o Rubro-Negro continuará no Barradão, mas fará partidas experimentais no estádio da Copa. Órfão, Pituaçu verá os dois maiores times de futebol baiano migrarem para longe ao mesmo tempo em que luta para não virar um elefante branco. Com informações do G1

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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