Visão de quem está de fora…

Como já fiz a resenha e já falei sobre o time campeão, agora resolvi falar do segundo colocado.


Sempre digo que o rubro-negro baiano é o time da piada pronta, mas dessa vez vou falar sério com a torcida rival.


A perda do Título Baiano de 2012 é apenas uma coroação para a fase decadente que vive o time centenário. Crise que se estende desde o vice-campeonato da Copa do Brasil de 2010. De lá pra cá o time vem numa descendente absurda, apenas não compreendida por parte de sua torcida. Após a conquista do time do Santos, dentro do Barradão, o time se perdeu. Caiu para a Série B precisando apenas vencer o Atlético-GO, e empatou. Depois foi para o Campeonato Baiano de 2011 e mesmo vencendo o Bahia, perdeu o título para o time de Feira, em casa. E veio a Copa do Brasil 2011. Eliminado na primeira fase para o grande Botafogo-PB, no Barradão. Começou a Série B e oscilou entre bons e maus momentos, perdendo a classificação no penúltimo jogo, contra o São Caetano, também em casa, em apenas 5 minutos.


E veio o Campeonato Baiano 2012. Como bom torcedor Tricolor, torci para que o time se desse mal, claro. E essa foi a retórica durante todo o Campeonato. Em nenhum momento o time conseguiu se firmar como líder. Liderança que alternou entre o Bahia do interior e o atual Campeão Baiano. O Tricolor abriu 9 pontos de vantagem, firmando-se como líder e principal candidato ao título, e levou essa vantagem até a final.


Numa final eletrizante, o Bahia jogando com a vantagem de poder empatar as duas partidas, fez isso. Sagrou-se Campeão num grande clássico, do jeito que todos gostam. Com direito a muita confusão, 6 gols, porrada, duas equipes atacando até o final… e deu empate. Venceu o time que foi melhor durante todo o campeonato, e por isso, teve a vantagem dos dois empates.


Para justificar mais essa decepção do seu time, a torcida e, principalmente, a imprensa, tirou o goleiro para Cristo. Crucificaram Douglas, mostraram e falaram exaustivamente das falhas do jovem rubro-negro. Esqueceram da defezaça que ele fez à lá Gordon Banks em 70. Esqueceram também a grande defesa, num puro reflexo, na jogada “de letra” de Lulinha. E ainda na saída desesperada para evitar que o mesmo Lulinha fizesse o gol, depois de uma arrancada espetacular desde o meio de campo.


Douglas errou no gol de Gabriel. Mas será justo culpar apenas ele no gol, de Fahel? O volante Tricolor matou, ajeitou e chutou forte, sozinho, à queima-roupa.


Essa mania de achar um culpado é antiga. Vanderson caiu depois do rebaixamento. Viáfara depois da perda do campeonato baiano de 2011. Zé Luiz contra o São Caetano. E agora vai sobrar para o jovem goleiro…


Espero que os ventos da crise continuem a soprar para o lado de Canabrava.


Mas deixo aqui um questionamento para a torcida rival: será que crucificar sempre um único jogador nas derrotas, vem dando certo para o time de vocês? Ou isso é apenas uma estratégia para tentar não encarar os verdadeiros problemas do time, de frente, e amenizar os últimos fracassos do time? Com a palavra, a torcida rubro-negra

Foto – https://valmerson.wordpress.com

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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