Momento gol de reflexão para o Bahia e o Vitória

Uma amiga que trabalhou durante anos no setor de recursos humanos de uma grande empresa me ensinou lições primorosas sobre as relações humanas.

Essas lições servem para o E.C.Bahia, que no momento está mais tranquilo para desenvolver seu trabalho, e o E.C.Vitória que terá dificuldades devido a uma pressão maior por resultados em curto prazo.

Ela lecionava sobre a dificuldade de qualquer administração. Nenhuma administração será perfeita, qualquer que seja. Terá sempre imperfeiçõe porque é humana, como também os críticos mais contumazes serão sempre mais contundentes em suas críticas a medida que um bom trabalho vai sendo feito.

Para quem lida com os problemas humanos saberá entender o que digo sobre quanto mais alto o Bahia chegar a própria paixão de criticar aumentará. É do próprio homem tentar derrubar castelos, escavar infinitamente problemas e debruçar-se sobre as imperfeições e tentar singularizar suas opiniões como únicas e boas.

Essa é uma ferida narcísica séria principalmente na sociedade ocidental em que o homem é bombardeado a querer sempre mais e desejar cada vez mais ao ponto de negar tudo, inclusive a si mesmo, e rejeitar qualquer avanço naquilo que é fonte de sua ira, mesmo que inconsciente. Para alguns estar bem significa estar uma “merda”, isto porque alguns precisam que as coisas vão mal para que sua volúpia e ânsia encontrem um termo na realidade em que possam consumir de forma mais tranquila suas dúvidas, inquietações, medos e principalmente o horror para muitos que o sucesso do “outro” representa.

Há alguns anos li alguns estudiosos, inclusive um baiano, Joaci Góes, e um rabino que hoje mora em São Paulo, Ninton Bonder, em que sua preocupação sobre o desejo humano, a questão da diferença e os sentimentos destrutivos humanos encontravam um termo numa estória judaica criada quado os judeus encontravam-se presos em guetos na Alemanha. Essa estória dizia que quando você chegava ao gueto com um sorriso no lábio, algum bem, mais alimentos e alguma roupa era uma problema para os vizinhos dissimular seus sentimentos, quando não procuravam sabotar conscientemente a conquista alheia. Nessa estória se ensinava que é melhor você dizer que tudo vai mal, que não tem nada, plantar na sua cara que as coias estão andando para trás a você ter que suportar a infelicidade alheia.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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