Mais 1 Bahia – Campeão Baiano 3×3 Vice colocado

Foi de dar curto-circuito em marca-passo. O Bavi decisivo de2012 teve a cara dos grandes clássicos do passado. Da época em que eram comuns brigas, invasões de campo, provocações, catimba e muito, muitos gols. E trouxe de volta, também, o maior Campeão Baiano de todos os tempos.

O Tricolor, comandado por Falcão, entrou em campo para defender um favoritismo de quase 5 meses de futebol. O time é o mais caro do Campeonato, é o único representante da Série A na Bahia e precisar erguer a Taça, pela 44ª vez, para esquecer a década passada. Mas quem abriu o placar foi o rival. E aí, um filme de terror de 10 anos passou pela cabeça do Torcedor Tricolor. Será que o futebol vai cometer essa injustiça com a gente? Não cometeu. Fahel, o “artilheiro dos quase-gols”, venceu a munheca frouxa do goleiro rival. Empate que deu gosto de gás ao time e acordou a TORCIDA. Depois, Douglas o caçador de borboletas, deixou a bola passar e Gabriel virou o placar. Tudo em casa, afinal, se o empate era bom, que dirá um triunfo. Fim de primeiro tempo e tudo certo.

Mas ainda tinha a segunda etapa. E a segunda, é a vida dos rubro-negros baianos. Numa bobeira de Diones, de pênalti, pra variar, o inimigo empata. O time se desequilibra um pouco e logo em seguida, numa braga miserável da zaga, a virada do time de Canabrava. Aí, lembrei das palavras daquele sábio chinês: vixi, agora lascou-se!

Que nada. Um time como o Bahia não se deixa abater. Partimos pra cima, esquecemos a tática e aí o goleiro “inimigo” resolve fazer dois milagres. Uma na cabeçada de Donato e outra na jogada de letra de Lulinha. Mas era dia das mães e ele tinha de daruma “braguinha” também. E ela veio. Em mais uma cabeçada de Donato, jogador que a imprensa baiana condenou o tempo todo, ele solta nos pés de Diones. O único Bi-Campeão baiano chuta torto, em cima do goleiro adversário e faz o gol do empate, e do título.

Daí pra frente foi só tensão. O copo tremia em minha mão como se um terremoto estivesse se abatendo em Salvador. Bahia de cara, perde o gol. Marcelo Lomba resolve aparecer como no ano passado e faz três defesas milagrosas. E o sacana do juiz, que deu cinco minutos de acréscimo, ameaçando parar meu coração, finalmente apita o fim da partida.

E aí, como diria Ricardo Chaves, aquele grito que era preso na garganta, se transformou: É Campeão… É Campeão… É Campeão…

Aí, cantamos parabéns para o centenário rival. Afinal, não é todo dia que se completa 113 anos. E depois começamos a nossa festa na Pinto de Aguiar.

Bora Baêa Minha Porra! Acabou o sofrimento da falta de títulos.Acabou a única gozação possível por parte do rival, que agora acumula 2 vice-campeonatos seguidos.

O título é uma coroação para a crescente Tricolor, que começou com o acesso a Série A, em 2010, e a conquista da vaga na Sulamericana em 2011.

Esse é o Bahia que aprendi a amar. Esse é o verdadeiro Tricolor de Aço. Aquele time que caiu para a desgraçada da “Cerei C”, não condizia com as minhas lembranças. Agora, como diria Benito de Paula: tudo está no seu lugar, graças a Deus.

Parabéns a todo o elenco, ao técnico Falcão e a questionadíssima diretoria Tricolor. Enfim, campeões…

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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