Baianão 2012: Profissionais na várzea

Os estádios em estado precários do Interior da Bahia já vêm dos primórdios tempos do futebol na Bahia, inclusive, no inicio do atual Campeonato Baiano, foi motivo de nota oficial do gestor de futebol do Bahia, Paulo Angioni e severas criticas dos técnicos Falcão e Toninho Cerezo, agora é alvo de matéria Adalton dos Anjos do jornal da Metrópole. Confira

Depois de 20 rodadas do Campeonato Baiano, os gramados dos estádios no interior pedem socorro, assim como as articulações e músculos dos jogadores. Alguns campos, que mais parecem várzeas, sofrem com a quantidade de partidas recebidas e com os investimentos das prefeituras municipais e do governo.

Apontados como piores desta temporada, os campos do Jóia da Princesa, em Feira de Santana, e do Adauto Morais, em Juazeiro, são de mando de duas equipes e já receberam jogos em dois dias seguidos. Pituaçu e Barradão, que ficam na capital,
são considerados os melhores.

“Alguns gramados não deveriam nem ser liberados para receberem partidas. A gente pede aos jogadores para terem cuidado antes do jogo, no momento da oração”, diz o médico do Vitória, Luis Felipe Fernandes. Ele explica que, sempre após jogos em gramados ruins, os jogadores se queixam muito de dores nas articulações.

A Federação Baiana de Futebol (FBF), que concede a autorização aos estádios, cobra laudos da Polícia Militar, Bombeiros, Vigilância Sanitária e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-BA), como determina o Estatuto do Torcedor. Além disso, os locais que recebem as partidas devem dispor de iluminação artificial. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, foi procurado por nossa reportagem, mas não atendeu as ligações.

As lesões mais freqüentes causadas pelos gramados ruins são as lubalgias e entorses de joelho e de tornozelo. No Vitória, Nino Paraíba, que está afastado do time por dois meses por conta de uma cirurgia no púbis, pode ter tido a lesão gravada por conta da atuação em campos ruins. “O entorse que Rildo sentiu no joelho em Conquista, que lhe deixou fora dos gramados por dois meses, foi diretamente em decorrência de um buraco no campo”, diz Luis Felipe.

“No jogo contra o Juazeiro [no Adauto Morais], Zé Roberto teve uma tendinite no tendão de Aquiles. É uma lesão típica desse tipo de gramado”, declara o médico do clube tricolor. Ele ainda conta que Lulinha logo após a partida contra o Itabuna no Luiz Viana, ainda na primeira fase do Baianão, também se lesionou por conta do campo ruim. Estádios de Juazeiro e Feira de Santana são os piores do Baianão

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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