Rivais dentro de campo, os presidentes de Bahia e Vitória, Marcelo Guimarães Filho e Alexi Portela Júnior, foram homenageados nesta sexta-feira (30), no último dia do 38º Congresso Brasileiro dos Cronistas Esportivos, realizado pela Associação Brasileira dos Cronistas Esportivos (Abrace) e a Associação Bahiana dos Cronistas Desportivos (ABCD), com apoio da Federação Bahiana de Futebol, no Hotel Pestana, em Salvador. Diante de profissionais da imprensa esportiva de todo o país, os dirigentes receberam placas comemorativas das mãos do presidente da ABCD, Márcio Martins.
“Essa homenagem é pelo grande trabalho que eles vêm desenvolvendo nos clubes. O Alexi pegou o Vitória na terceira divisão, atolado de dívidas, e hoje é um clube sem dívidas e que não deve nada e nenhum outro clube do mundo. E Marcelinho é um presidente jovem que vem fazendo um belo trabalho desde que assumiu o Bahia e hoje colocou o clube de volta à primeira divisão”, justificou Martins.
Emocionado, o mandatário rubro-negro destacou a importância da imprensa no futebol brasileiro. “Fico feliz com a homenagem e quero dizer a todos vocês que a imprensa tem um papel muito importante no crescimento do nosso futebol”, disse.
Para finalizar, Portela relembrou as dificuldades que passou no início do seu mandato no Leão. “Nunca tive a intenção de presidir o Vitória, mas não aceitei a situação que o clube se encontrava, na terceira divisão e com mais de cinco folhas salariais atrasadas. Até hoje, já pagamos R$ 10 milhões em causas trabalhistas que encontramos quando assumimos o clube. Estamos montando uma equipe para subir para a primeira divisão este ano”, concluiu.
Já o mandatário tricolor destacou o papel relevante da imprensa na sua administração. “Agradeço a homenagem, confesso que não esperava, foi uma surpresa da Abrace, que representa toda a imprensa esportiva do país. Tenho aprendido muito com a imprensa durante estes anos que estou na presidência do Bahia”, afirmou.
Marcelinho ainda revelou o que espera do futuro no futebol brasileiro. “O ambiente do futebol brasileiro ainda é um pouco carregado de amadorismo. Não que eu queira fazer críticas, mas sito como um exemplo o Flamengo, que tem uma estrutura administrativa antiga e isso dificulta o clube. Precisamos ser mais profissionais, é o que estou tentando fazer no Bahia, principalmente no nosso Departamento de Futebol”, encerrou.