Mais honesto é o que menos rouba

A matéria da Tribuna da Bahia, desta sexta-feira, comenta, de forma dura, a recontratação pelo Vitória do ex-presidente do Goiás, Raimundo Queiroz, denunciado pelo Ministério Público por crimes de apropriação indébita em razão do ofício, falsidade ideológica e crime contra a economia popular, praticados por mais de uma vez e outras atrapalhadas, inclusive apropriação de grandes quantias financeiras devido às funções que exerciam no Goiás no período de 2003 e 2006. Confira.

Criou-se no Brasil uma ideologia política de que “o mais honesto é o que menos rouba”. Ninguém gosta mais de um honesto, do que os corruptos que estão no poder.

Paulo Roberto de Souza Carneiro, ou simplesmente Paulo Carneiro. Para uns, referência de um Vitória antes e depois da sua administração. De um clube que cresceu tanto nos últimos anos que ganhou três títulos nacionais de vice-campeão (da Série B – Módulo Amarelo – em 92, da 1ª Divisão em 93 e da Copa do Brasil em 2011), mais de 150 títulos nas Divisões de Base, o de campeão mundial Sub-15, e oito dos 10 títulos do Campeonato Baiano nos últimos 10 anos. Para poucos, ladrão, mentiroso, traidor – porque foi trabalhar no futebol do Bahia – a ponto de ser expulso, e cassado como conselheiro.

Esta linha de “caça às bruxas” contra Paulo Carneiro tem liderança do atual presidente do Vitória, Alexi Portela Júnior, e seus seguidores, que mesmo diante das “tragédias” do futebol nos últimos meses, sob as mais diversas acusações, deixa um ex-dirigente especializado no futebol, de conhecimento como poucos, fora do clube, e investe, a preço de ouro, em gestores com currículos nem sempre compatíveis ao nível dos seus salários.

Na próxima segunda-feira, Alexi Portela Júnior vai dar posse ao novo gestor de Futebol do Vitória, Raimundo Queiroz. Com certeza, a volta de Queiroz à Toca do Leão abre novos caminhos para Paulo Carneiro e tantos outros acusados de ladrões, até que se prove ao contrário, como é o caso do novo gestor de Futebol, publicamente acusado pelo Ministério Público de Goiás, em matéria publicada no último dia 7 de fevereiro, divulgando o resultado de uma profunda investigação no futebol goiano.

Denúncia – Apropriação indébita em razão do ofício, falsidade ideológica e crime contra a economia popular praticados por mais de uma vez são a base da denúncia criminal oferecida pelo promotor de Justiça Saulo de Castro Bezerra contra o ex-presidente do Goiás Esporte Clube, Raimundo Queiroz, além de Sílvio de Oliveira e Antônio Fernando Guardiano Mundim. De acordo com o Ministério Público, os denunciados agiram em conjunto em várias oportunidades, entre os anos de 2004 e 2006, alterando a verdade de fatos e criando obrigações ao Goiás Esporte Clube, mediante a inserção de declaração falsa em documento particular.

Conforme o promotor de Justiça, os ex-diretores do clube também se apropriaram de importâncias financeiras recebidas em razão das funções por eles exercidas. Pelas práticas ilegais, o Ministério Público denuncia os ex-dirigentes do Goiás Raimundo Joaquim Queiroz e Sílvio de Oliveira por apropriação indébita em razão de seus ofícios e falsidade ideológica, por seis vezes, além de crime contra a economia popular.

O acesso à reportagem completa do Ministério Público de Goiás, no endereço: www.mp.go.gov.br/portalweb/1/noticia/dd0ff6284b041d5ee480e92a09b13d 8d.html#.T1ep2OnoK3B.email

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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