Vitória de 2011 e seus resultados

O ano de 2011 não foi nada positivo para os clubes baianos. As principais forças começaram a temporada com motivação redobrada, o Bahia por ter retornado após 7 anos a elite do Futebol Brasileiro, e o Vitória pelas perspectiva do retorno imediato para elite tendo em vista a composição de uma segunda divisão menos difícil como de costume. Mas o ano do futebol acabou sem muitas alegrias, pelo menos para o torcedor mais exigente.

Sem dúvida alguma a maior decepção do ano foi o Esporte Clube Vitória. Mesmo com a queda traumática para a segunda divisão no final de 2010, esperava-se que o clube tivesse plenas condições de se reerguer imediatamente no ano seguinte, e um bom começo de temporada com o inédito pentacampeonato seria o caminho ideal.

O começo do estadual, como tem sido nas últimas temporadas, foi de domínio absoluto do Vitória. Classificou na primeira fase com 3 rodadas de antecedência, conquistando 60% a mais dos pontos do segundo colocado de seu grupo. Na segunda fase mais uma classificação por antecipação, desta vez com 2 rodadas, finalizando com mais do dobro de pontos do segundo colocado de seu grupo. E por fim eliminou como de costume o rival, desta vez nas semifinais do campeonato, parecendo que de fato as metas seriam alcançadas.

No entanto a facilidade de chegar até a final, principalmente após eliminar o principal adversário da disputa, criou uma falsa sensação de “já ganhou”, e a acomodação do time ficou clara contra mais um clube do interior na final do campeonato. Em menos de 5 meses, desta vez precisando apenas de um empate contra um time tecnicamente inferior, o Vitória decepciona mais uma vez seu torcedor dentro do Barradão. Aliás, antes desse desastre o clube já tinha envergonhado a todos com a eliminação da Copa do Brasil na sua fase inicial.

Até então a base era a grande sensação, tendo a diretoria “arrotado” diversas vezes que o Vitória finalizava uma partida com mais de 80% da “juventude cara pintada” em campo, e o revés acabou “queimando” qualquer possibilidade de se utilizar os garotos no segundo semestre.

Logo em seguida começa a Série B, e o clube se vê na necessidade de reestruturar praticamente todo o elenco, começando com a contratação de um técnico, que infelizmente era ultrapassado e sem motivação. Em pouco tempo percebeu-se que nem os jogadores e nem a comissão técnica teriam a capacidade de conquistar o principal objetivo do ano que seria o acesso a série A, e mais uma vez troca a comissão técnica e começa a contratar jogadores sem critério, muitos deles de idade e vencimentos avançados, mas sem a mesma técnica de outros tempos.

Até que o time melhorou, mas não havia tempo suficiente para a reação, a não ser que na reta final não houvesse erros, só que mais uma vez, dentro de casa, contra um time tecnicamente inferior que disputava o rebaixamento, e o time com uma vitória praticamente garantida, não mata o jogo, se acomoda, e faz seu torcedor se decepcionar novamente. Mas o Vitória não perdeu o acesso naquele jogo. Aquela derrota foi apenas fruto dos inúmeros erros da diretoria ao longo do ano.

O grande alento do ano pra o Rubro Negro foram as divisões de base. Foi campeão estadual em todas as categorias, Júnior, Juvenil, infantil e até fraldinhas, conquistou quase 90% dos pontos disputados, e teve como adversário na final sempre o rival que acumulou alguns vices para seu currículo.

No âmbito nacional, apesar de não ter conquistado títulos, foi destaques nos diversos torneios (Copa São Paulo Jr, Brasileiro sub 15 e Brasileiro sub 20), gerando a expectativa para seus torcedores de boas revelações para defender a camisa Rubro Negra em um futuro próximo.

É de se destacar também o desempenho do Vitória nos esportes olímpicos, tendo o clube conquistado o deca-campeonato de remo, todos os torneios de vôlei disputados no estado, torneio no boliche e destaque em competições para atletas com necessidades especiais.

Victor Hugo

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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