Retrospectiva 2011 – Parte 3.

Os demais clubes baianos, sem muita novidade. Mesmo com a conquista do título estadual, quando se esperava uma boa atuação na série D, o Bahia de Feira também decepciona sendo eliminado ainda na fase inicial.

Essa pequenez do futebol baiano fica transparente quando nossas melhores equipes se satisfazem em apenas superar o rival, vendo o abismo que os distancia dos principais clubes do país cada vez mais aumentar. Da mesma forma vemos os demais clubes do estado definhando, sem esboçar nenhuma participação digna nas competições nacionais.

O que o interior de Alagoas, Pernambuco e Ceará tem que o nosso não tem? Porque temos 3 clubes ou mais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás participando frequentemente das série A e B, e na Bahia, sexto PIB do país, apenas a dupla Ba-Vi aparecem. Porque nosso representante da série D nunca passa sequer da primeira fase?

Certamente existe algo de errado na estrutura do futebol baiano, mas os “donos” que não largam o poder por nada não conseguem enxergar, ou pior, enxergam mas não querem mudar, talvez por estar bom para poucos.

Estamos na véspera de uma Copa do Mundo no País, e sem dúvida muitas mudanças no futebol acontecerão em função desse torneio. A primeira já sentida pelos clubes foi a valorização do esporte, tendo aumentado substancialmente as receitas diretas de televisão.

Essa valorização vai permitir que tanto o Bahia quanto o Vitória, mesmo tendo realizado campanhas sofríveis no ano que passou, possam ter suas maiores receitas da história. Resta saber se nossos dirigentes vão fazer bom uso dos recursos, e vão de fato dar motivos reais de alegria para o torcedor baiano.

Da mesma forma que as receitas aumentaram, as despesas vão tender a crescer, e os “gatunos” do esporte (empresários de jogadores) já começaram a se mexer inflacionando atletas e encarecendo seus passes, mesmo (talvez principalmente) os de qualidades duvidosas.

Enquanto nós torcedores não pudermos participar efetivamente das decisões de nossas agremiações, resta-nos sentar na arquibancada e continuar torcendo. Torcendo para que nosso time marque mais um gol, mas torcendo mais ainda para que nossos dirigentes evoluam e façam nossos clubes de fato crescer. Quem sabe depois de tantos erros cometidos pelos gestores de nossos principais times nos últimos anos, enfim eles consigam ter aprendido e a retrospectiva de 2012 seja muito, mas muito mais agradável do que esta!

Victor Hugo
Parte 1
Parte 2

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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