E.C Bahia: Alívio? Sim! Alegria? Não!

“Alegria agora, Agora e amanhã, Alegria agora e depois de amanhã” já dizia uma das musicas de Daniela Mercury de sucesso em carnavais passado e pode ser aplicada sem exagero na situação de momento do Esporte Clube Bahia.

O jornalista Mira Palma na sua coluna do Correio, na edição desta segunda-feira, pensa diferente e diz que não. Ta certo! Posição plenamente compreensiva, afinal o futebol além de seus encantos é um esporte de espírito de caráter arrogante que não permite a observação de certas limitações e exige ganhos imediatos ainda que o começo tenha passado por reformas do piso ao telhado. O Bahia vem de dez exatos anos, sem ganhar absolutamente coisíssima alguma, sete anos longe da primeira divisão, períodos onde acumulou uma montoeira de humilhações, vexames, vergonhas, deboches e prejuízos dentro e fora de campo e de todos os tipos e tamanhos. Finalmente obtém o acesso, em 2010 na base do sacrifício.

Em 2011 bloqueado pelas limitações financeiras monta um time ás pressas em cima das coxas, utilizando em grande parte do elenco, sobras de sinistro. Disputa o torneio e com as dificuldades esperada se garante para uma nova etapa sem grandes sofrimentos, e de lambuja, se habita a disputar uma competição internacional após 22 anos. Portanto, o saldo é positivo e o torcedor tricolor (os humildes) além do alivio, pode sim, ter a alegria estampada no rosto também baseado que o ano que vem pode ser melhor! Confira

Ufa! Como é bom respirar aliviado… A torcida tricolor viveu ofegante durante 37 rodadas no Brasileirão. O empate em 1×1 contra o Santos, na Vila Belmiro, enfim livrou o Bahia da temida Série B. Permanecer na elite do futebol brasileiro foi importante, mas, pela grandeza do clube, jamais poderíamos comemorar um resultado como esse. Entendo que 2011 foi um ano de reestruturação e readaptação entre os grandes do país. Já passou, amigos. A próxima temporada está na porta e chegou o momento de traçar metas mais ousadas.

O planejamento começa logo pelo time. Quem fica? Quem sai? Não me venham com esse papo de renovação complicada e blá, blá, blá. O Bahia precisa se posicionar no mercado! A torcida não vai perdoar se jogadores como Marcelo Lomba, Titi e Souza, por exemplo, vistam a camisa de outros times em 2012. Por isso, Paulo Angioni precisa ser rápido e começar a negociar com os poucos destaques da campanha tricolor a partir de hoje. Além dos garotos recém-promovidos da base, Ávine, Marcone, Fahel, Hélder, Magno, Ricardinho, Júnior, Reis e Reinaldo possuem contrato com o clube. Com todo respeito, acho que os dois últimos deveriam arrumar as malas e se despedirem do Fazendão junto com Tiago, Jair, Jancarlos, Nen, Thiego, Diego Jussani, Fabinho, Camacho, Carlos Alberto e Jones.

O critério na hora de contratar também me preocupa. Errar é normal. Agora, trazer jogadores como Bruno Paulo, Pedro Beda, Boquita, Rafael Jataí, Ramon, Robert, Zezinho é amadorismo. O Campeonato Baiano não é um laboratório. Na verdade, a competição serve para o Bahia entrosar a equipe que disputará o Brasileirão no segundo semestre. Logo, o elenco da Série A deve ser formado já no estadual. No máximo, alguns ajustes devem ser feitos ao longo da caminhada. O Esquadrão é o único representante da Bahia na Série A e, por isso mesmo, possui a obrigação de ser campeão. São dez anos sem levantar a taça. Chega!

Figueirense e Coritiba servem como espelhos para o próximo ano. Dois clubes que souberam se organizar e hoje brigam por uma vaga na Copa Libertadores. Se o planejamento for levado a sério no Bahia, será possível a fiel e apaixonada torcida ter um 2012 cheio de alegrias e conquistas. Brigar apenas para não cair e gozar o rival por estar na Série B é muito pouco. O Bahia merece mais, a torcida merece mais. É a história quem diz…

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

Deixe seu comentário