Vitória entrou nos trilhos da Série A

O triunfo rubro-negro sobre o Náutico, o renascimento e a nova camada de tinta verde aplicada nas esperanças de acesso do Esporte Clube Vitória, mudaram completamente o quadro e o ambiente do clube da Rua Artêmio Valente, de forma positiva. Hoje, já encontramos matérias reconhecendo algumas qualidades no time, até então negadas, e as profecias do técnico Vagner Benazzi são ouvidas e propagadas pela Tribuna da Bahia – Confira.

Justiça seja feita. Em meio aos tantos tropeços e atrapalhadas, seja nas escalações, ou nas inúmeras substituições em vários jogos do Vitória sob seu comando, o técnico Vágner Benazzi, dentro da sua experiência que lhe valeu o título de “Rei do Acesso”, sempre deixou claro que o time não estava pronto, e que por isso não tinha pressa e nem interesse de entrar no G-4 da 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro, e que as vagas para a 1ª Divisão só seriam definidas nas últimas cinco rodadas da competição.

“Não adianta entrar no G-4 numa rodada e sair na outra. Quando o Vitória entrar, vai ser em definitivo, até o final da Série B”, dizia o técnico Vágner Benazzi nas coletivas com a imprensa, e nas conversas informais com os jornalistas no CT da Toca do Leão.

Numa destas conversas, o técnico “abriu o jogo” para o repórter Erick Luís Carvalho, do site Globo.com, e admitiu, pela primeira vez desde que chegou no CT da Toca do Leão, que seu time está pronto para lutar pela volta à Série A do Brasileiro.

Para Benazzi, seu principal mérito desde a chegada no Vitória foi ter dado um rumo ao time. Antes de ser questionado, o treinador faz questão de dar a sua explicação para o tipo de rumo que comemora.

“Rumo é saber onde o cara joga. Encontrei uma equipe em 16º lugar e que não tinha isso. Chamei o grupo e disse que aqui volante não ia jogar de goleiro, lateral não ia jogar de atacante. E isso mostrando pra cada um como seria. Disse que não teria improvisações, trouxe gente da base”, disse.

Benazzi com 26 anos de futebol, ressaltou a melhora no ambiente do grupo no CT da Toca do Leão como determinante para o sucesso do Vitória nas últimas rodadas do Brasileiro.

“A gente abraçou e protegeu o grupo. Alguns jogadores saíram. Eu fui consultado e conversei com eles. Uns não tinham culpa de nada e quando o cara não tem culpa, ele tem que sair. Quando a culpa está caindo só no cara do lado, não está certo. Quando a coisa não está dando certo, a culpa tem que cair em todo mundo. Hoje você vê que a coisa mudou aqui. Antes acabava o treino, 20 minutos depois, não tinha mais ninguém aqui no CT. Agora não, acaba o treino, o pessoal fica ali conversando, quando você vê já ficou um tempo mais aqui e isso é bom.

Quando você gosta de ficar no clube em que você trabalha é porque o ambiente é bom”, concluiu, otimista, o técnico Vágner Benazzi, pensando no jogo de sábado contra o Boa Esporte, em Varginha, que é uma espécie de “prova dos 9” de tudo o que acabou de dizer. Um triunfo em Minas Gerais, deixa o Vitória na “porta do Paraíso” com reais condições de entrar no G-4 da Série B do Brasileiro, agora, acreditando que pode se manter entre os quatro até garantir a classificação.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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