Um romance entre um time e sua torcida

Erick CerqueiraOntem, 5 de outubro, foi meu aniversário e algo inusitado aconteceu. Meu presente foi assistir a um filme no cinema, com a família. Até aí, nada demais. Mas o filme… Bahêa Minha Vida, do diretor Marcio Cavalcante, é um épico. Sem exageros. Conta a história de um time e sua torcida, desse amor incondicional que irrompe os limites da sanidade, sim. Afinal, “há sempre alguma loucura no amor, mas há sempre um pouco de razão na loucura”, diria Nietzsche.

O filme mais parece uma conversa de bar, entre boleiros. Dezenas de resenhas são trazidas a público, sem o compromisso de encantar ninguém. Talvez por isso mesmo, encante. O longa não se alonga e no final, fica a vontade de quero mais, de “faltou aquele cara” ou “porque não botou fulano de tal?”.

Em termos de emoção o diretor consegue arrancar as lágrimas do público, arrepiar a TORCIDA com o hino cantado pelos artistas-torcedores do Tricolor e nos fazer relaxar com depoimentos hilários.

Algumas cenas são espetaculares. As histórias do título de 59 são emocionantes e divertidíssimas. A queda para os porões do Campeonato Brasileiro e o inferno da “Cerei C”, entristecem. Mas, parafraseando um dos atores do filme, “parece que no sofrimento a gente aprendeu a dar mais valor às conquistas”.

Confesso, sai do cinema querendo voltar e ver de novo (e o farei, é claro). Para acompanhar detalhes perdidos na primeira sessão, para tentar assistir sem a emoção de um Torcedor que ama o seu clube muito além do futebol. Talvez para tentar ser mais imparcial e comedido nos meus comentários. Ou simplesmente para vivenciar aquelas emoções, todas de novo. Continua aqui

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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