O processo eleitoral no Bahia

Marcelo Guimaraes Filho EC BAHIA

Nossa Constituição garante um processo democrático mediante sufrágio universal, a justiça eleitoral fiscaliza, o povo vota, certo ou errado, mas a participação do povo é garantia da legalidade do pleito mediante o respeito a Constituição.

O cuidado do constituinte foi tanto, para evitar privilégios, que proibiu a parentes dos detentores dos cargos do executivo eleitos majoritariamente se candidatarem, numa forma de se proteger da formação de oligarquias. Veio a lei ficha limpa agora para moralizar ainda mais o pleito.

No Bahia, como se sabe no próximo ano terá um novo Presidente, este por sua vez será escolhido mais uma vez por um colégio eleitoral muito restrito, os conselheiros do clube. Conselheiros que são indicados e ali estão por graça de um poder sem limites. Isto todos sabemos.

Um fato, contudo, movimentou os fóruns de discussão sobre o tricolore iniciou o processo eleitoral do clube: o Bahia substituiu mais de 50 nomes do conselho praticamente às vésperas da eleição. A razão para essa modificação o clube tentou explicar, porém não conseguiu convencer os tricolores.

Quem são estes tricolores que apareceram sem a divulgação dos suplentes anteriormente numa lista divulgada no sítio oficial? A verdade é que uma decisão judicial obrigara o E.C.Bahia a manter a lista de conselheiros no sítio oficial, mas só agora o clube divulgou a lista, ás vésperas da eleição.

A lista dos que estarão aptos a votar está agora no sítio oficial do clube. Só restará agora aos sócios festejar o aclamado ‘novo” presidente do Bahia feito por um conselho controlado, como se fosse nos tempos de seus avós.

Os clubes são entidades privadas, mas a lei põe os clubes como de interesse público. Não resta dúvida, contudo, que sem uma pressão popular como o da lei da ficha limpa os clubes continuarão a ser pontes de oligarcas e ditadores.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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