O Bahia e seu ataque cardíaco

atacante EC BAHIA souza jonesA escassez de gols do Bahia é o tema que trata a Tribuna da Bahia em destaque, no início da manhã desta quarta-feira. Se o time tem uma defesa forte e robusta, digna dos grandes clubes da Série A, ainda segundo o Jornal, o ataque é cardíaco, quando prefiro taxar de epiléptico, afinal, o último gol marcado pelo time tricolor, foi de penalidade (Sousa), no empate considerado heróico, em 2 x 2, contra o Botafogo, em São Januário. O principal artilheiro do Bahia é Souza, com nove gols, e o segundo ainda é Jóbson, com seis gols, que deixou o tricolor há dois meses, precisamente em 22 de agosto. Confira.

Não basta apenas empatar. O Bahia sabe que dos sete jogos que tem a disputar, precisa conquistar pelo menos nove pontos para chegar aos 45 pontos ganhos e entrar na área de segurança, para se manter na 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro de 2012.

Ou seja, o técnico Joel Santana precisa com urgência redefinir seu ataque para que o tricolor quebre um jejum de quatro rodadas sem vitórias, e se mantenha longe do Z-4, a zona de rebaixamento para a 2ª Divisão no próximo ano.

O Bahia tem o 2º pior ataque do Campeonato Brasileiro, com 34 gols marcados, só perde para o ataque do Atlético do Paraná, com 30 gols, e com o time em 18º lugar, dentro do Z-4 da Série A. O tricolor tem a péssima média de 38.7% de aproveitamento ao longo da competição, que é exatamente o “espelho” da ineficiência do setor de ataque, que tem média abaixo de um gol, 0,9 por partida.

A situação do Bahia não é caótica, o time só não está no Z-4 da Série A, porque a defesa se mantém na média dos grandes clubes, àqueles que disputam o título do Campeonato Brasileiro, como o Flamengo, 4º colocado, que a exemplo do tricolor baiano, sofreu 39 gols. A diferença é que o clube carioca tem o saldo positivo de 11 gols, enquanto que o baiano tem o saldo negativo de cinco gols.

Ironicamente, o ataque foi o setor que a direção do Bahia mais investiu na volta à 1ª Divisão do Brasileiro. Contratou cinco atacantes – Souza, Reinaldo, Jóbson, Júnior e Reis – além do aproveitamento de Jones, que disputou o Campeonato Baiano, e de Carlos Alberto, que é meia-atacante.

Tomando-se como base a “era” Joel Santana, a dupla de atacantes do Bahia foi fixada com Jones e Souza. Cobrando pênaltis, na sua maioria, Souza é o artilheiro tricolor com oito gols, mas em nove jogos. Jones marcou apenas um gol, no triunfo de 3 a 1 sobre o Figueirense, mas não deu uma única assistência para um companheiro do time marcar.

Sem Souza, o treinador tentou com Júnior, contra o Corinthians, e até Reinaldo. Mas parece que os dias de Jones estão contados no Bahia, depois de sair vaiado do jogo contra o Vasco, provocando a seguinte declaração do treinador. “Se eu não gostei, imagine a torcida que ficou debaixo de chuva?

Se jogar bem vai ser aplaudido, se jogar mal é vaiado. Jogador para atuar no Bahia precisa ter a consciência que para vestir essa camisa é assim: jogou bem será aplaudido, não jogou bem será vaiado”, disse.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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