Chega dessa história de jogar bem e não conseguir os resultados. Dessa vez empatamos em casa, de novo, mas pelo menos vimos mudanças. Jogamos muito mal. Tão ruim que lembrou um certo time baiano da Segunda Divisão, que jogou na véspera. Foi um jogo da 1ª com cara de Série B…
No time titular, duas ausências importantes. Jancarlos e Diones. E aí começaram os nossos problemas.
Na lateral direita o menino Gabriel voltaria a ser improvisado. A qualidade do seu futebol é inquestionável. Porém, ainda é um garoto que se empolga demais com uma jogada bonita, um lance de vários dribles. E ele se empolgou. Teve os seus 30 minutos de glória nos braços da torcida, mas depois passou a errar demais, driblar demais e atrasar os contra-ataques demais.
No meio campo o meia Lulinha assumiria a vaga do volante Diones. Talvez para fazer a vontade da torcida e testar um esquema mais ofensivo jogando em casa, o técnico Renê Simões optou em deixar somente 2 volantes, ao invés dos 3 que consagraram as boas partidas do Tricolor. Só que a opção do Professor não deu certo.
Com os avanços constantes de Gabriel ao ataque, Fahel passou a fazer a cobertura da lateral direita. Ou seja, dos dois volantes que tínhamos, ficamos apenas com um no meio. E justamente Marcone, que não jogou nada bem. Lulinha passou a jogar como terceiro atacante, e o Bahia se escancarou. Do retrancado (mais eficiente) 4-2-2-2, passamos a um 4-3-3, não treinado e inoperante.
Desorganizado em campo, saímos de um primeiro tempo equilibrado para tomar sufoco no segundo. Inacreditavelmente, depois da expulsão do jogador adversário o time não conseguiu mais andar. O nervosismo era tanto que até Jobson conseguiu tomar 2 cartões amarelos e um vermelho de quebra.
Foi o pior de todos os jogos do Bahia na Série A. Pra quem esperava a primeira conquista em casa, restou o consolo de não ter saído derrotado para o razoável (mas bem armado) time do Coritiba. Agora é pensar no 4º time carioca, e como não perdemos para nenhum dos outros, rezar por mais uma vitória no Rio. Do jogo de ontem, só ficará na mente a última jogada de Ricardinho dentro da área. Se fizesse aquele gol teríamos uma placa comemorativa em PituAço… Mas “Se” é “Se”. E se continuar jogando assim, vai se misturar ao bando de times medíocres da Segunda Divisão, como Salgueiro, Duque de Caxias, Icasa, aquele timinho da Bahia que tomou porrada da Portuguesa, dentre outros…
Erick Cerqueira é Publicitário, designer, cronista, proprietário do Site Tipo Revista e torcedor do Bahia!