A minha mentalidade autoritária diante da decisão do Supremo de liberar a “marcha da maconha” me constrangia. Evidentemente, uma decisão bem construída teoricamente, mas que tem pouca substância, ou melhor, acrescenta pouco na luta contra as drogas, que é uma luta de qualquer cidadão brasileiro.
A teoria deslumbrante, o encantamento dos votos dos ministros, que foram unânimes em sua dicisão a favor da marcha pela maconha, avocou na minha triste memória sobre como podem ser sudutores os argumentos e vaidosos os homens quando estão diante dos holofotes. E os holofotes, hoje, serão o material com que vou escrever sobre o Bahia. O Bahia dos cliques, chiliques e vaidades.
Eu posso, certamente, dizer que o Bahia está para o SP “fashion week” como a camisa xadrez que inventaram para os nossos jogadores desfilarem. Não bastasse o gosto discutível das camisas xadrez, mudaram o tom do azul do tricolor que antes parecia Bahia, mas que agora parece o Bahia de feira. No fórum ecbahia.com.br, o Sr. Albino criticou o abuso da mudança da tonalidade da cor do azul do nosso padrão, e explicou que mudou do azul royal para o azul marinho.
Caso alguém tenha interesse em ver o que o Estatuto do Esquadrão diz sobre nossos símbolos verão que tais mudanças atentam contra o nosso Estatuto no que ele tem de mais sagrado, que seria como no Direito falar em cláusula pétrea. Alguém que ousa mudar assim as cores do Esquadrão, a exemplo do que fizeram com o nosso escudo, quando foi maquiado para parecer tremulando, não sabe o valor de um símbolo para uma nação.
Qual é a primeira coisa que os ditadores fazem quando assumem o poder? Criam brasões, insígnias, estandartes e procuram criar uma identidade nova ao seu governo. A mesma coisa parece está acontecendo com o meu Bahia. Querem tirar da memória do povo a história de altivez de um clube cujo amor o povo declara a cada triunfo, embora não tenha força para lutar contra os mandriões que intentam contra seus signos.