A torcida do Bahia criou uma expectativa muito grande com a reforma e reinauguração de Pituaçú. Seria a oportunidade de voltar a vencer e de reaproximar seu torcedor em uma estrutura de ponta e na margem da avenida de maior movimento da cidade. E, para isso, o governo do estado não poupou esforços (nem recursos), disponibilizando 55 milhões, mesmo sabendo que após 2014 não haveria mais jogos de futebol, já que a futura arena da Nova Fonte estaria pronta e sua viabilidade demandaria todos os eventos da cidade.
No entanto o pretenso caldeirão não tem dado muita sorte para o tricolor, afinal apenas uma alegria foi alcançada nessa fase, que foi o acesso a divisão de elite do futebol nacional, e mesmo assim não por causa da atuação em “casa” (empatou 6 vezes e perdeu para o Duque de Caxias, Icasa e Santo André), já que mais da metade dos pontos foram conquistados em campos inimigos (um fato raro no futebol mundial).
Ainda estamos no início do campeonato Brasileiro, tendo sido disputado apenas 4 rodadas, mas a falta de uma vitória já vem preocupando o torcedor tricolor, que viu o time começar bem nos dois jogos em casa, mas não suportou a pressão dos adversários cedendo o empate.
O problema é que esse mau desempenho no metropolitano não é de hoje. Contra o maior rival, das 11 partidas já disputadas em Pituaçu, o Bahia perdeu 7 e empatou 1 (aproveitamento de 30%), marcando 8 vezes e sofrendo o dobro de gols. E foi justamente o Vitória que eliminou o tricolor nos estaduais de 1995, 2009, 2010 e 2011, além do nordestinho de 2011, competições que teve BaVi em Pituaçu.
Pela Copa do Brasil também decepções, com a eliminação na segunda fase de 2009 após o empate com o Coritiba, a eliminação também na segunda fase em 2010, mesmo vencendo por 1 a 0 o Atlético GO (tinha perdido o jogo de ida por 2 a 0), e a eliminação na terceira fase em 2011 pelo Atlético PR, após um empate no Pituaçu e uma goleada no jogo de volta na Arena.
Mesmo em âmbito regional os tropeços irritaram o torcedor, como na goleada sofrida pelo xará de feira por 5 a 3 em 2010 e a derrota para o Fluminense nesse ano.
A Nova Fonte, apesar de provavelmente estar pronta no final de 2012, só deverá ser utilizada pelos clubes locais após a Copa de 2014. E não dá para esperar até lá para ter uma identidade com o mando de seus jogos. Fora de casa as dificuldades são ainda maiores, e por tanto esse caldeirão tem que começar a dar caldo, caso contrário ano que vem o “banquete” volta a ser de segunda.
Victor Hugo ( Colaborador do BLOG)
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