O título original na matéria da Tribuna da Bahia, desta terça-feira, assinada pelo excelente jornalista Raphael Carneiro, estampa: “Longe dos olhos, mas perto do coração”, referindo-se à distância de Águas de Lindóia, cidade onde o clube se prepara, e o amor quase incondicional da torcida pelo clube.
Isto 12 dias antes do time estrear no “Campeonato Brasileiro dos melhores clubes do Brasil”, categoria que os econômicos preferem chamar de elite, outros não menos econômicos, de apenas “Série A”. Enfim, a divisão dos bons, que após as exclusões de América-MG, Ceará, Atlético-GO, Avaí e Figueirense só tem campeões brasileiros, todos de grande apelo de torcida e farta tradição do cenário nacional.
Acontece que o Bahia, como em qualquer outro clube do planeta, tem variados segmentos dentro da própria torcida, no momento, por exemplo, têm aqueles ansiosos, os céticos, os desconfiados, os confiantes, aqueles que já hoje irão comprar os bilhetes para o jogo contra o Flamengo, os preocupados e os profundamente preocupados. Me incluo neste último segmento, e confesso: se o coração está apertado, o relógio está no ponto. Confira as atividades do Bahia em Águas de Lindóia.
O torcedor do Bahia vai passar uma semana distante do tricolor. Ontem, o elenco iniciou a intertemporada em Águas de Lindoia, no interior de São Paulo.
Até sábado, a equipe está confinada e o torcedor, distante, com o coração a mil à espera de uma melhora para a estreia na Série A do Brasileiro, no dia 22 de maio, às 18h30, contra o América de Minas.
Para o técnico René Simões, a semana de trabalho em São Paulo terá dois objetivos principais. O primeiro deles é recondicionar o grupo fisicamente para suportar a maratona de jogos do Campeonato Brasileiro.
A segunda, esta mais complicada, é fazer com que os jogadores se entrosem e aprendam o estilo que o treinador quer implantar. Ontem pela manhã René revelou que vai trabalhar o estilo adotado no segundo Ba-Vi das semifinais do Baiano. Ele quer os dois volantes (Marcone e Camacho) marcando no campo adversário e saindo para o jogo, Tressor Moreno como organizador no meio de campo, Lulinha e Jobson (ou Maranhão) caindo pelas beiradas e Souza centralizado na área.
“Ele (o sistema) está na moda e tem sido usado por vários clubes. Gosto muito dele. Seria bom contar com jogadores que já o conheçam. Mas se não for, vamos trabalhar muito para que o conheçam e o entendam”, disse o treinador.
Serão 22 jogadores que irão receber estas orientações de René Simões. A lista inicial, com 23 atletas, foi divulgada na manhã de ontem e recebeu duas baixas. O zagueiro Nen e o lateral-direito Marcos não viajaram com o restante do elenco. A dupla foi vetada pelo departamento médico do tricolor e terá de permanecer em Salvador em tratamento.
Nen sentiu uma lesão na coxa e foi vetado pelo departamento médico. Em seu lugar, de acordo com a assessoria de imprensa do Bahia, não irá nenhum substituto.
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