E.C Bahia: Do céu ao inferno.

Depois da glória do acesso conquistado com muita garra, determinação, seriedade e, acima de tudo, muito amor, o Bahia vai fazendo vergonha à sua grande torcida. A coisa tá feia, Rei.

Nova derrota, dessa vez para Camaçari no Armando Oliveira, 3 a 2. A situação só não ficou pior, por que o Vitória da Conquista perdeu para o Feirense e, conseqüentemente, não se distanciou do Esquadrão. Bom, não estou aqui pra falar do jogo e sim das prováveis causas para tamanho desastre.

Em primeiro lugar, a equipe perdeu jogadores muito importantes do seu elenco, tais como:

Fernando, que passava bastante confiança pra a defesa e operava verdadeiros milagres, coisa que Tiago (aqui pra nós) não passa nem de longe, o cara conseguiu sair de soco e colocar a bola para trás velho, nem no baba daqui da rua acontece uma coisa dessa, e a diretoria nos fez o favor de dispensar o Fernando, alegando que iria dar experiência a Omar, a verdade é que no banco ele é um dos mais experientes do país, sem falar que o cara é melhor que Tiago.

Alison, Guerreiro. Jogava com muita vontade e na bola aérea o cara “destruía” tanto no ataque quanto na defesa, sem contar que distribui muito bem as jogadas (pelo menos melhor que Boquita e companhia que ainda não disseram o motivo de terem vindo), tem um passe preciso. Sem sombra de dúvida, se juntar Titi e Luizão, não dá a metade de Alison que, ao meu ver, é o melhor zagueiro em atividade na Bahia. Mais um que foi dispensado pela diretoria, que dessa vez alegou que o salário que ele queria não daria pra pagar.

Rogerinho, que o cara não vivia um grande caso de amor com a torcida é verdade, mas, além de ser um ótimo batedor de falta, o mesmo é muito habilidoso e não tomava conhecimento dos adversários e partia pra dentro, coisa que os atuais meias não apresentaram ainda, com exceção de Ramon, que ainda não jogou. Apesar de seu temperamento explosivo, acho que ele deveria ter ficado, senão como titular, fazendo parte do grupo.

Rodrigo Grahl, símbolo da raça tricolor, artilheiro da equipe até à chegada de Adriano e Jael. Hoje sem clube, será que não teria utilidade para disputar o Campeonato Baiano? E Everton que teve poucas chances e ainda assim mostrou qualidade, hoje jogando no Caxias?

Leandro. Verdade, indisciplinado, rei do cartão vermelho, porém, trata-se de jogador técnico e, além de útil, não creio que recebesse salários incompatíveis com o Campeonato Baiano, hoje o volante faz parte do grupo do Mirassol.

Jael, O Cruel. Pouca técnica, porém, muita raça. O cara causava medo aos zagueiros adversários, não só pela sua força e tamanho, mas também pela sua competência, o cara era matador, o cara era cruel. Outro que, apesar de ter agido muito errado, deveria ter ficado, pois é ser humano como todos nós e está sujeito a erros, principalmente quando está com os salários atrasados.

Vander, Progídio. Esse garoto vai longe, pena que a ganância dos nossos dirigentes o impediu de continuar no Bahia. A verdade é que o garoto está fazendo muita falta.

Márcio Araújo, aos poucos foi conquistando a torcida, com muita seriedade, humildade, competência e serenidade, levou o Bahia ao cobiçado acesso. Pena que não quis ficar. Resta saber quais os motivos que levaram o técnico Paulista em optar em ficar desempregado, do que continuar no Bahia.

PS: Adriano, Bruno Octávio, Fábio Bahia, Jancarlos e Morais não são menos importantes do que os outros, porém, não foram inclusos na lista por que a permanência deles no Bahia não dependia da diretoria, apesar de eu achar que poderia ter tido um esforço maior de MGF e companhia.

Agora, vamos falar do Sr. Paulo Angioni, gerente de futebol do Esporte Clube Bahia.

Primeiramente, eu gostaria de agradecê-lo. Sou muito grato pelo ótimo trabalho feito por ele no ano passado. Trouxe jogadores de renome do futebol brasileiros, cujos nomes eu não citarei, mas Angioni montou um bom elenco e, venhamos e convenhamos, o cara mandou muito bem. Ele chegou ao céu.

Em 2011, infelizmente, fez mudanças equivocadas na equipe, o time que deveria ter melhorado para a disputa da Série A, só piorou. A equipe vem deixando a desejar no campeonato baiano, ao ponto de correr o risco de ficar de fora das semifinais e, pior, de ser rebaixado para a segunda divisão do baianão. A verdade é que Angioni destruiu a equipe e todo o carinho que ele conquistou da torcida. Angioni chegou ao Inferno.

Para lhes ser sincero, eu ainda não sei quem realmente é o presidente do Bahia: Marcelo Guimarães Filho ou Paulo Angioni.

Enfim, é como dizem, a esperança é a última que morre e eu ainda acredito no Bahia, pois, onde há vontade há um caminho. Vamos seguir em frente, pois o destino a Deus pertence.

Rodrigo Andrade
(rodrigotricolor2@hotmail.com)

Autor(a)

Deixe seu comentário