Campeonato baiano em plena decadência

O jovem jornalista Raphael Carneiro, depois que passou a integrar a lista dos colunistas do recém inaugurado Site Arena Nordeste, não parou de produzir textos acerca do Futebol da Bahia e observe que o cara também escreve para a Tribuna da Bahia, jornal impresso da Metrópole, distribuído todas as sexta-feiras, além de ter seu BLOG pessoal.

O tema de hoje é o deficitário Campeonato Baiano, com seus campos ruins, as arbitragens sempre questionadas e, sobretudo, a falta de público e estrutura de boa parte dos clubes do interior, resultando prejuízo para todos. Os problemas se arrastam por mais de uma década e a única alternativa, o Campeonato do Nordeste, foi praticamente sepultado no ano passado com a realização em uma época inoportuna e completamente desprestigiado pelos próprios clubes. Confira.

O futuro do Campeonato Baiano é sombrio. Do jeito que a coisa anda, será difícil a Federação Bahiana de Futebol (FBF) manter a competição por muito tempo. É preciso repensar a fórmula de disputa, atrair o torcedor, possibilitar a qualificação dos times, melhorar a estrutura e, sobretudo, treinar, e muito, os árbitros.

O erro começa já pela fórmula de disputa. O modelo foi criticado por todos no ano passado e pelo próprio presidente da FBF. No final do Estadual de 2010, Ednaldo Rodrigues reconhece falhas nos moldes de disputa e prometeu mudanças para 2011. Não pôde fazê-las por força do Estatuto do Torcedor.

As críticas ao campeonato crescem a cada rodada. Jogadores, diretores, dirigentes, todos se queixam do Estadual. O nível baixo da arbitragem e as condições precárias dos gramados no interior são as principais queixas.

Rogério Lourenço (ex-Bahia) reclamou dos árbitros logo na primeira rodada. Esta semana Antônio Lopes (Vitória) e Arnaldo Lira (Bahia de Feira) criticaram a conivência dentro de campo. Elkeson e Viáfara, ambos do Vitória, externaram a falta de estrutura no interior do Estado. Não há como querer espetáculo se o palco não é bem tratado.

O reflexo de tudo isso é a média de público da competição. Nestas seis primeiras rodadas, o número é de 2.519 pagantes por jogo. No ano passado, no mesmo momento, a média de público era de 2.677. Ao final da competição, em 2010, a média de pagantes foi de 2.603.

Os públicos pequenos fazem com que os times acumulem prejuízo atrás de prejuízo. O déficit financeiro aumenta. Cresce também a dificuldade para contratar e manter os salários em dia. A crise tende a se acentuar e a reversão deste cenário se distancia cada vez mais.

Enquanto isso, o Campeonato do Nordeste, que poderia surgir como alternativa para nosso futebol, é renegado. Vai entender!

Dia 13/2/2011 – Ao vivo: Vitória x Atlético – Camaçari x Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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