Os argentinos “paraguaios”

Eu estou assistindo aos “argentinos do paraguai” se apegarem a mesma balela brasileira do “salve a seleção” do regime ditatorial brasileiro, só que invertida pela antipatia de Dunga.

O “salve a seleção” vencedor de 70 e 94 está agora brigando com detratores históricos da nossa seleção, somada a uma velha campanha anti-dunga de 90. A mesma turma da imprensa brasileira que patrocinou uma das perseguições mais cruéis a um jogador brasileiro, só perdendo para o pobre Barbosa, o goleiro de 50.

Na verdade, ao vibrarem com a frágil argentina de “dieus”, Maradona, como é conhecido entre “los hermanos”, querem os “donos da bola” e os amantes do tango, que o mito do futebol arte ressuscite e se re-invente na argentina, perdoem pelo neologismo, para que possam jogar finalmente Dunga entre os gaviões pela perda da Copa de 1990 e o fracasso de suas certezas derrotistas em 1994.

O problema é o que o futebol arte é um mito. Uma invenção da crônica esportiva brasileira para dar identidade a um futebol mais criativo jogado no Brasil. Não há na verdade um futebol arte, existem jogadores talentosos. Já tivemos escolas tão brilhantes com jogadores excelentes na Holanda e Hungria, nem por isso lá se sacrificou o grupo em função da “arte”.

Só para ilustração. Eu vi um matéria curiosa pela tevê em Pernambuco sobre uma cidade fundada por um padre argentino em Pernambuco que se chama Buenos Aires. Nesta cidade existe uma curiosa relação a cidade pernambucana, Buenos Aires-PE, e o futebol argentino. A cidade se chama mesmo Buenos Aires e fica no Brasil! Em Buenos Aires-PE criaram um time com o nome de Boca Junior, botaram nome de filho de Riquelme e até torcem devidamente trajados com o uniforme da Argentina. Sinceramente? Muito cafona!

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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