Promessas, fitinhas do Bonfim, água milagrosa, Maria Santíssima, mãe de Jesus rogai por nós, etc e tal e várias caixas de fósforos. Acho um grande exagero essa preocupação (zoada) acerca da situação do Vitória no atual campeonato brasileiro. Uma vitória simples diante do Barueri ou Goiás ( já que contra o Fluminense me parece que a derrota é certa), afasta para longe qualquer perigo de rebaixamento e garante, mais uma vez, sua participação na Copa Sul-americana de 2010; situação que pode se complicar (e muito), e passa despercebida, é do Bahia, em caso de uma derrota para o Guarani no próximo sábado em Pituaçu.
Entretanto, sou capaz de entender as dificuldades dos órgãos de comunicação para gerarem, todos os dias, matérias jornalísticas sobre o futebol num estado com apenas dois clubes, talvez aí se explique e justifique a reportagem do Eduardo Rocha, publicada na edição impressa do Jornal Correio desta quinta-feira, que você pode ler logo abaixo!
Bom Jesus da Lapa é terra milagrosa. O santuário lá do oeste do estado, a 850km de Salvador, é motivo de romaria todo mês de agosto. Pode perguntar aos devotos de todo o Brasil: a água que mina das grutas tem poder de cura. Alvinho Barriga Mole atesta a forçado Bom Jesus e aposta na fé para remover as montanhas colocadas no caminho do Vitória nessa reta final do Brasileiro. “O pessoal vai de cadeira de rodas, levanta e sai andando”, conta o conhecido torcedor rubro-negro. “Eu fiz um pedido. Vou colocar uma fitinha de lá no braço de Roger. Domingo ele vai acabar com essa murrinha”, promete.
O milagre pode ser o da multiplicação dos gols. O time não marca há cinco rodadas. E a última comemoração do camisa 9 foi contra o Flamengo, dia 7 de Outubro.
Na terça-feira (18), o clube completou um mês desde a vitória sobre o Náutico, no Barradão. Faz tempo, hein Alvinho? “ Não podemos ficar tanto tempo assim sem vencer. Conversei com Mancini. Dei uma força. Contra o Barueri a gente afasta esse negócio de rebaixamento”, acredita.
Mas não custa dar uma forcinha. Depois do treino, farta distribuição de fitinhas. Leandro Domingues, Ramon e, claro, Roger. As dele, verde-amarelas. “Domingo você vai fazer dois gols”, abordou antes da pose pra foto com o atacante e o neto Victor Daniel. “Tomara! Obrigado pelo carinho”, devolveu Roger.
Preocupação também com o bem-estar de Giulia, filhinha do atacante que nasceu com um problema na visão. “Trouxe até uma garrafinha de milagre pra ele dar a ela”. Água da gruta onde fica aimagem de Bom Jesus.
Não basta fé na hora de botar a bola pra dentro, é bem verdade. Mas o empurrãozinho psicológico agradou Vágner Mancini. “É importante quando vem alguém diferente, de fora do ambiente e te toca.Quebra essa tensão e dá um gás diferente”, elogia o treinador.
Ainda mais no momento em que o atacante se prepara pra voltar ao time depois de um período afastado. Roger ficou de fora das partidas contra Coritiba, Avaí e São Paulo e está de volta com a responsabilidade dos gols. “Essa é a hora!”, já assumiu. Agora vale esforço, trabalho, dedicação, fé e até um pouquinho de pontaria. Porque Bom Jesus não vai fazer o milagre sozinho.
Vitória reedita antigo esquema
Pelotão a postos. É hora de treinar finalização. Trabalho de base mesmo: carrega, dribla, bate; tabela e bota na rede. Mas até em treino a bola insiste, caprichosa. O aproveitamento não foi dos melhores. “Essa semana, temos treinado ao máximo os arremates pra acertar no jogo de domingo. Mas não tá fácil”, alerta o treinador.
Pontaria descalibrada há Vitória reedita antigo esquema cinco rodadas, o Vitória vai com tudo pra cima do Barueri. Leandro Domingues, Ramon, Neto Berola e Roger estão escalados, garante Mancini. A reedição de uma formação que deu certo nos bons momentos do Vitória no Brasileiro. “É a volta de um sistema que foi vitorioso”, recorda. Time pra frente no Barradão.
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