Bahia vence em dia em que o nosso paredão funcionou

Bahia 1 x 0 Vila Nova_GO“Na Fonte Nova de bermuda e camiseta/ Eta, eta, eta Bahia porreta!/ Arretadamente baiano, eu sou tricolor/ Domingo na Fonte Nova, sou eu quem vai gritar o gol”. Não tem mais a Fonte Nova, o cenário é o estádio de Pituaçu, um lindo Estádio, mas sem a pujança da Bahia esportiva do tempo da velha Fonte.

Pipocavam na velha Fonte marchinhas que ganhavam as rampas, cantávamos sem nenhuma organização, mas completamente ensaiados e entoando o nosso refrão: “quem é o campeão dos campeões? É o Bahia!/ Quem é que arrasta multidões? É o Bahia!”. Assim vivíamos uma relação de amor profundo com nosso tricolor. Pois o tempo mudou, e o Bahia ficou sufocado num jogo contra o Vila, que outrora era goleada certa. Nossos goleiros agora é que são os heróis do jogo.

E o tempo passou, a Fonte ruiu e o Bahia luta jogo a jogo para não cair mais uma vez para a série “C”. Bahia e Vila, hoje, foi um jogo que você gostaria de esquecer. Não podíamos nem dar uma “mijadinha”, tínhamos que ficar presos diante da tevê até o maluco do árbitro ver 4 minutos de acréscimo. E o Bahia só tinha 10 em campo quando faltavam ainda 20 minutos de peleja. De positivo? O nosso paredão tricolor: Marcelo.

Para tornar ainda mais dramática a vitória, dois jogadores do Bahia saíram por contusão, Ananias e Alex Maranhão; os nossos melhores jogadores nos últimos jogos. Sofremos como nunca até o apito final. O resultado do Amércia também não ajudou, contudo fizemos nossa parte e ganhamos no sufoco. Tem mais no próximo sábado.

E o coração tá batendo quase como querendo adiantar as horas para acabar o campeonato e cair feliz em um sono mais leve. Mas, não dá mais para acompanhar futebol com rebaixamento. É muito sofrimento! Dizem que pontos corridos tiram a emoção das finais. Pra quê finais se temos rebaixamento? Tô meio bebo de sono, mas convicto do que estou escrevendo para aliviar o estresse desse jogo. Parecia que o Bahia ia tomar o gol de empate. Parecia.

Então chegou meu sobrinho com a camisa do Náutico, time já rebaixado, parecia um sinal negativo. Depois, fiquei na moral e tirei um sarrinho, como quem vai jogar contra os pernambucanos outra vez e manter a freguesia contra Sport e Náutico, pelo menos na minha época não perdíamos para clubes recifenses. Hoje, os felinos de lá e daqui não terão porque assistir com desdém o ocaso do único campeão brasileiro do norte e nordeste.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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