O que pensa os baianos da soteropolis?

Ontem, 5, enquanto assistia ao jogo da seleção brasileira contra, los hermanos, os arrogantes argentinos, degustando uma tigela de mungunzá, mudança de hábito radical, antes algumas louras geladas, mas se fosse o tricolor, certamente a mudança de habito não se confirmaria, presente alguns amigos, vizinhos e outros convivas em nossa residência. De repente, alguém, desses mais atentos e frutriqueiro, perguntou: Quem aqui vai ou conhece alguém que vai a Pituaçú no próximo jogo da seleção ver o jogo contra o Chile? Silencio sepulcral. Parei minha degustação, levantei a cabeça prescutei o ambiente, ninguém se pronunciou, outros como eu, também assentiu para o ambiente como a sondar na busca ansiosa pelas figuras dos felizardos.

Diabos, o ambiente, apesar de só baianos nele, soteropolitanos ou não, todos aficionados pelo futebol, poder aquisitivo médio, tinha até doutor, rsrs. O interlocutor, meu irmão mais novo, ex-atleta, hoje comerciante muito bem sucedido, puxou um ticket/convite e exibiu meio que orgulhosamente e anunciou, poxa, quer dizer que só eu tirei na loteria, gozador o mano veio.

A galera mais relaxada correu para verificar in loco a obra de arte, o tal convite, um por vez, as crianças ficaram de fora, houve até quem quisesse escâniar a peça rara, rsrs. Depois do jogo, vou dar um jeito de apresentar por aqui uma foto do tal, bilhete, objeto raro, se bem que esse tem particularidades, não sei…

Esse preâmbulo sui realista é tão somente para dar conta do perfil dos que freqüentarão Pituaçú nesse próximo jogo. A dúvida é: Será essa ocasião uma raridade ou daqui pra frente, num futuro mais próximo, depois da copa do mundo de 2014, será a normalidade baiana?

Recentemente os ingressos dos jogos baianos foram majorados. Dos dez reais de uma inteira passou-se para 30 e até 40 reais, por conta disso houve retração de público, alguns, como nós alegamos que foi por conta de outros fatores, claro, foi também, mas se fosse tão somente isso, não se daria tanta ênfase para se baratear o espetáculo, tampouco se defendia gratuidade para menores de 12 anos, não é mesmo?

Aproveitando a pauta do mês, questiona-se: Salvador estará mesmo preparado para receber uma Arena nos moldes agora proposto? Estariam os baianos preparados para um salto de qualidade tão grande, que esse imediatismo agora se apresenta? Já disse algum filosofo por aí, o mundo não se constrói a partir das respostas e sim das perguntas que fazemos a ele. Tem a Bahia, hoje, condições de isolar patrimônios como o Barradão e Pituaçu, destinando-os ao uso publico sem sustentabilidade garantida?

A razoabilidade, na modesta opinião desses blogueiro, aponta no sentido de fazermos nossa adaptação, assim como em outros brasis por aí a fora, acho, o mesmo vale para todos os nordestinos principalmente, mas o governador paulista também, apesar de em outra realidade negou investimentos nessa monta estimada exclusivamente para o setor estádio, discursa no sentido de melhorias de praças existentes, sem tantas radicalizações. Botar embaixo e reconstruir tudo novinho com capacidade inferior ao atual.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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