Conversa de tricolor

Agora, é a hora da estrela brilhar, sábado é o dia que não pode dar zebra. Ontem (16) à tarde fui ao Fazendão, acompanhei um pequeno craque que por lá começa a brilhar. Enquanto apreciava suas diabruras impressionantes – puxou ao avô – conversava com outros, principalmente da mídia. Um absurdo ouvi e intercedi de pronto.

Sabe!? Num bate papo, quase todos foram unânimes num raciocínio que já me incomoda. Tudo começou justamente quando afirmei: Agora é a hora da estrela brilhar! Não é que a unânime turma acredita que em Pituaçú o Bahia ganhará todos os jogos. De fato isso me preocupou muito, pois subestimam-se os adversários, como se o fato tão só de estar em Pituaçú fosse suficiente para o Bahia ganhar.

A maioria, como se não tivesse adversário do outro lado, já contam com os 57 pontos que serão jogados aqui e lidam com a expectativa de ganhar alguns parcos pontos fora de casa, até já definem quais sejam, para subirem pra Série A. No debate a minha tese é de que o Bahia precisa ganhar fora de casa, e logo, preparando-se inclusive para uma eventual derrocada no monumental do parque, coisa natural, entendo, mas que essa naturalidade não ocorra, por exemplo, num momento como esse, desse jogo contra os ipatiguenses, quando a instabilidade do tricolor mais se evidencia, sob risco de perder-se a ponta do novelo e degringolar de vez.

Não sei de onde nem o porquê disso, mas pautar uma competição numa assertiva de que vai vencer todas as suas partidas de seu mando de campo, não cabe em nenhum planejamento, pois que compromete todo um campeonato por conta de um deslize eventual e uma vez desacertando o passo desse compasso como foi em Brasília, onde o fracasso foi à essência, e, a máscara, a busca brusca de um meio campista, quando na equipe já temos tais elementos qualificados como Leo Medeiro, Joelson e o próprio garoto Roberto, para uma identidade forte na caça de uma vida menos Severina nesta Série B, o que falta é personalidade a esse time coisa que não se consegue simplesmente nos treinos físicos e táticos do dia a dia. Outras ações cabem para dotar esse time de personalidade vencedora.

Digo que o fracasso foi a essência, por conta de que, quando se anunciou que o atacante Alex Terra não iria para o jogo, por “contusão” o mais natural, se o treinador tivesse convicção no trabalho desenvolvido durante a semana, entraria com o substituto natural dele, sabe, o tal trocar seis por meia dúzia, que noutras ocasiões pode significar, mesmice, em alguns casos é pura ciência, melhor essência, mesmo não sendo uma Brastemp da vida, no lugar de Alex Terra deveria entrar logo com Paulo Roberto, ou então não o leve na delegação.

Outra teoria que não me convence é essa tal de jogar fora e por isso se fechar todo na busca de um pontinho. Por mim seria justamente o contrario, até alteraria o esquema de jogo me atiçando ao ataque, pois se assume uma postura defensiva na busca de um pontinho, melhor surpreender o adversário e entra mais ofensivamente, depois da surpresa se for o caso, então se modifica o estilo de jogo e se busca garantir o resultado, bem mais coerente. Para o caso o Bahia tem peças que se encaixam perfeitamente. É só lançar Beto como um terceiro atacante, ocupando uma das laterais do campo, logo de saída, num típico 4-3-3. É isso aí de técnico e louco, todo mundo tem um pouco.

Luciano Henrique – Não se sabe de que adianta tanto esforço financeiro para uma contratação mais cara dessas, principalmente que a sedução pra trazer o jogador é um contrato tão longo, como essa de oferecer contrato de três anos a um jogador de 30 de idade. Se ao final, Gallo vai mesmo é usar do expediente, o mesmo que usou quando informou uma lesão, como foi o caso de Alex Terra em Brasília e ao invés de entrar com o substituto natural – outro atacante – vai mesmo é escalar Rogério. Falando em Rogério, belo jogador, trabalhador, voluntarioso, mas precisa sair do Time, pois enquanto no Fazendão estiver, vai o técnico aleijando a equipe para botá-lo pra jogar. Não adianta! Se estiver disponível o treinador sempre vai arranjar a vaguinha de Rogério e é por aí, nessa “eficiência” toda dele que se desarrumam tudo. Enquanto isso agente perde um Léo Medeiros, por exemplo, que de tanta calma, não casa com o estresse de nossa torcida carente.

Luciano Henrique de Gouveia

Posição: Meio-de-campo

Idade: 30 anos

Altura: 1,70

Peso: 72

Naturalidade: Tremembé – SP

Nascimento: 1978-10-10

Começou no Taubaté/SP e em seguida passou pelo Juventus/SP, Guaratinguetá/SP, Atlético Sorocaba/SP, Santos e Pohang Steelers/Coréia do Sul, Sport e Internacional/RS.Deixou o Leão ano passado, saindo pelas portas dos fundos, assim como o técnico Gallo. Em 2008 ele ganha a chance de se recuperar com a torcida e passar uma borracha no que passou.Conforme o serviço de registros de jogadores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), seu contrato com o Leão vai até 31/12/2008.

Vigilantes de Pituaçu protestam por atraso de salário Cerca de 26 vigilantes que fazem a segurança do Estadio de Pituaçu fizeram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 17, na Tribuna de Honra do estádio. De acordo com o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia, Fernando de Souza, o protesto ocorre porque os profissionais estão com os salários atrasado há 18 dias.

A empresa Precaver, contratante dos vigilantes, disse que ainda não efetuou o pagamento porque também não recebeu verba do Estado. Em reunião com a diretoria da empresa, encerrada por volta do meio dia, desta quarta, os dirigentes sindicais decidiram dar um voto de confiança à empresa até a próxima sexta-feira, 19. Caso eles não recebam o salário, a categoria ameaça parar no sábado, 20, quando o Bahia joga contra o Ipatinga, pela série B do Campeonato Brasileiro. (Fonte: Jornal A Tarde on line)

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Redação Futebol Bahiano

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