Lazzaronismo e burrice

Vou explicar o que é lazzaronismo: um termo criado a partir do cristianismo para designar pessoas que vivem a esperar a providência divina. Pois bem, juntemos a esse termo a um outro que já esteve em moda, Lazaronismo: técnico que discriminou atletas baianos, Bobô e Charles, na seleção. E o resultado já vinha se desenhando, mas só caíram na real quando em 1990 a seleção brasileira seria desclassificada nas oitavas de final. O Paulo Carneiro, a meu ver, segue com a mesma ideologia do lazzaronismo.

Mas, vamos analisar as constratações de Vitória e Náutico. Aliás, o Náutico e o Vitória trouxeram jogadores como Acosta e Leandro; este conquistou o campeonato do Nordeste de 1999 pelo Vitória e brasileiro pelo Cruzeiro, e aquele foi vice-artilheiro do nacional pleo Náutico. O Náutico e o Vitória seguem uma lógica nacional que chegou ao ápice com a contratação de Ronaldo Nazário, que mesmo fora de forma consegue ser uma referência na busca de qualidade técnica de jogadores em passagens de sucesso pelos seus clubes, original ou não.

É forte essa tendência principalmente no futebol carioca. O Flamengo trouxe Adriano, o Fluminense trouxe Thiago Neves, o Vasco trouxe Léo Lima e o Botafogo trouxe o zagueiro Juninho. Podemos afirmar que tais reinvestimentos tem sido no mercado do futebol os mais seguros. Pois, os resultados positivos nos clubes que adotaram essa política de contratação são evidentes. O Náutico, agora, vai pagar 60% do salário de Acosta e o Corinthians o restante.

O Bahia segue uma lógica inversa: ao invés de contratar jogadores como Marcelo Ramos, que tem no currículo passagens brilhantes por todos os times que jogou, prefere apostar em ilustres desconhecidos da galera tricolor; jogadores que estavam sobrando em outros clubes ou que estavam desvalorizados no mercado. Nada contra os jogadores que sofrem esses oscilações em suas carreiras, mas o Bahia faz ou pensa que faz o melhor “comprando” barato no mercado para esperar que a providência divina abra as portas do sucesso para jogadores desconhecidos.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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