Procura-se treinador

A sexta-feira 13 foi de sorte para o técnico Vágner Mancini. Era pouco mais de 8h em Salvador quando o telefone do seu empresário, Fábio Mello, tocou. Na linha, um diretor do Santos, novo clube do treinador. Pesou a proposta financeira da equipe paulista. Impossível de competir, admitiu o vice- presidente do Vitória, Jorge Sampaio

Mas não apenas isso. É habitual ouvir de Mancini que uma proposta tentadora inclui, além do dinheiro, uma boa estrutura, objetivos bem traçados e possibilidade de ascensão. E isso o Santos ofereceu, alega o treinador.

A vida segue na Toca. Adiretoria tem pressa para contratar o novo comandante, mas evita afobação. Quer um nome para ficar até o final do ano, com Série A, Copa do Brasil e Sul-Americana. O nome de Wagner Benazzi ganhou força, mas ainda não foi contatado.

“Do Vitória ninguém me ligou. Vários empresários me ligaram (anteontem e ontem), isso sim”.

51,8% – Sob o comando de Mancini, o Vitória disputou 54 jogos. Venceu 25, perdeu 20 e empatou nove – aproveitamento de 51,8%. A estreia foi no dia 30 de março de 2008, empate de 4×4 com Feirense.

Confira a entrevista com o técnico:

Santos e Botafogo fizeram propostas em 2008. O Coritiba o sondou. Acabou a convicção?

Tenho certeza que ficar no Vitória seria muito bom. Mas a partir do momento que esta equipe e outras acabaram vindo atrás, com propostas de trabalho, e não só financeira, você pode sentar e analisar. A proposta do Santos é boa em termos de objetivos, planejamento e isto me fez parar e pensar.

Sinceramente, muitas vezes a gente olha o distintivo no peito, mas também olho coisas que muitos não dão valor, como ambiente e a ascensão que a equipe pode ter comigo.

Na renovação, você queria modificar alguns pontos, como o relacionamento com o departamento médico e o trabalho na divisão de base. Foi possível?

A relação está muito boa. Vale salientar que eu disse mesmo que precisa mudar e a gente sentou no final do ano. Nos aproximamos do departamento médico, várias coisas que eram feitas no departamento já são feitas no campo. A parte estrutural do Vitória melhorou muito, o alojamento, a concentração. A divisão de base começou a ser feita, mas ainda não deu tempo de ver porque é a longo prazo.

Quando o treinador sente que é hora de ir embora do clube?

Você tem que avaliar o que está sendo feito, se o ciclo acabou ou não. Hoje, eu me sinto muito bem em falar que o ciclo não acabou, mas lógico que vindo esta proposta, poderia acontecer alguma coisa. O mais importante é saber que tudo é feito com alegria, com dedicação. Com isto tudo, você tem algumas horas para decidir a sua vida, da família, dos filhos que têm escola. Então, neste ponto, peço um tempo, saio sozinho, ando, sento, faço minha oração, me aproximo de Deus e tento pensar o certo. Com informações do Correio

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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