Dependerá o Bahia de alguns fatores positivos e negativos para que as medidas anunciadas pelo jovem presidente causem efeitos. Efeitos positivos porque dependem de uma afirmação do Bahia como um clube moderno e democrático, e negativos com a sua vontade de matar velhos hábitos elitistas. Por exemplo:
1º. Nossos dirigentes terão que apresentar a torcida um plano estruturado a fim de inaugurar um novo tempo no Esquadrão de Aço, presenteando-o com um novo estatuto. Até agora só vi boas intenções! Poderiam, quando o clube fizer aniversário, presentear a torcida com um estatuto que democratize o Bahia.
2º. O vice-presidente do Bahia pretende criar uma categoria censitária no Bahia, onde o conselho seria formado a partir de pessoas com alto poder aquisitivo que pagariam R$ 300,00 para fazer parte do conselho. Acreditar que as melhores decisões saiam de quem tem mais “grana”, sem considerar a vontade política da maioria, seria um despropósito, mais uma vez não seria respeitada a torcida tricolor.
É preciso contemplar, como o jovem presidente já afirmara, planos associativos audaciosos para aumentar o quadro associativo e a participação da torcida nos destinos do clube. Causa-me espanto é essa adesão das torcidas organizadas do Bahia sem nenhuma contrapartida. Estarão satisfeitas com as promessas do jovem político ou possuem algum plano de emergência caso o Bahia naufrague outra vez?
Maurício Guimarães