O Bahia está a poucos metros de virar o Santa Cruz

Bem amigos, aqui estou de volta para refrescar a memória de alguns e tentar reativar algumas idéias colocadas aqui e no Megafone ao longo de quatro anos.

Repetir o que todo mundo já sabe é chato, mas vale a pena: nas mãos de Paulo Maracajá e de suas laranjas que se dizem independentes – mas não se julgam incompetentes – o Bahia está a poucos metros de virar o Santa Cruz, caindo pelas tabelas até a série D.
O clube acabou, o time não existe e é ridículo imaginar que ainda existem alguns que se rebaixam ao ponto de chorar pelo clube, de achar que tem jeito. São estes os verdadeiros algozes, os que ainda insistem em manter os aparelhos ligados quando o Bahia já mostrou sua morte cerebral e com pouca coisa a ser doada.
Órgão podre não serve pra nada, apenas para matar o hospedeiro. O Bahia conseguiu façanhas inéditas no mundo do futenol: matou jogador, matou torcedores, se tornou uma grande massa falida, sem liquidez e sem condições sequer de pagar o que deve mesmo que fechasse as portas.

Se fosse uma empresa, seria obrigado a pedir concordata e um interventor ser nomeado imediatamente para gerir o que sobrou, afastando de imediato a direção e dissolvendo o conselho deliberativo, mas é o Bahia, o Bahia do voto de cabresto, da soberba e da vaidade, da torcida anencéfala e burra, de Binha caricato e palhaço. É o Bahia da imprensa que tenta se meter no clube – e agora estão inventando que Márcio Martins tem que ser o presidente do clube, logo ele que me chamou de assassino e escreveu no jornal A Tarde que “jamais teve tal pretensão”. Se for homem de caráter, vai manter a palavra, mas caráter é um produto em falta na imprensa desportiva baiana, não é mesmo?

Comecei a escrever no Megafone em 2004, quando ainda estavam na série A, e naquela época sugeri alguns projetos: o “renda zero” fui eu quem bolei, mas foi colocado em prática de forma equivocada por alguns apressados e maculou a idéia.
Vi o clube cair de sete duas vezes aqui na Fonte Nova, inclusive o acachapante 7×0 pro Cruzeiro campeão. Série B em 2005, C em 2006 e 2007, B de novo em 2008 e espero que C em 2009 e D em 2010, porque somente assim os xiitas se imolam e largam o clube, deixando espaço para quem quer de fato fazer alguma coisa de útil pelo Bahia. Aquela invasão ao Fazendão foi pouco, deveriam ter dados mais tapas em todos, não deveriam ter poupado ninguém.

Este é sem dúvida o pior Bahia de todos os tempos: se fosse esse time ano passado, não tinha subido. Deveria ter ficado lá embaixo, porque esse ano não teria estádio pra abastecer o clube, e talvez a morte anunciada já tivesse acontecido.

Curiosamente, em 2005, ano em que o Bahia foi bem na Copinha com Ávine, Bruno César, Danilo Rios, eu sugeri que o clube abandonasse a disputa pelo Estadual e concentrasse esforços apenas na subida de série, porque a história mostra que, ou o time bate-e-volta, ou seja, cai e sobe logo, ou ele fica lá uma enormidade de tempo. À exceção daquela meleira do Fluminense – que agora vai cair pra B e consertar um erro histórico por ter passado direto da C pra A – todos os grandes que caíram voltaram logo: Palmeiras e Sport, Grêmio, Coritiba, Vitória (que fez uma longa jornada da A pra C e da C pra A direto, com louvor), mas o único renitente é o Bahia, o único que foi e ficou. E não foi à toa, não foi obra do acaso, nem falta de sorte; não foi por causa de gramado ensopado, nem mãozinha de arbitragem. Mas, voltando ao assunto, os “in”diretores tentaram ganhar o Estadual ao invés de treinar o time em 2005, e aí deu merda. Disse lá em cima, a soberba não deixa o clube respirar. Essa história de bicampeão brasileiro já mofou, vocês falam isso como se fosse ontem, ainda não acordaram pro 3º milênio.

E esta oposição que aí está também sofre da soberba, eles não querem o Bahia pra ver o clube crescer, eles querem o clube apenas pelo poder, para se auto-proclamarem “presidentes”; são que nem políticos: aspiram determinados cargos e só sossegam quando conseguem: Marcelo Nilo sempre almejou a presidência da ALB – e lá está, só sossegou quando conseguiu; Geddel sempre quis ser Governador, e está abrindo a mão enquanto Ministro pra ver se chega lá. Esta oposição é BURRA, e não merece crédito nem apoio. Aquela fantasiosa reunião que apelidaram de “Gigante tricolor” foi apenas ensebação, não deu em nada.

Mas deixemos as críticas de lado e partamos para as soluções, já batidas aqui centenas de vezes:

1) Declarar a insolvência do clube, pedir concordata, nomear um interventor (NINGUÉM CONHECIDO, PELAMORDEDEUS!!! NADA DE FERNANDO SCHMIDT, DE ADEMIR ISMERIM, DE CÉSAR OLIVEIRA, DE FENRNADO JORGE, DE NESTOR MENDES), afastar a presidência e dissolver o conselho deliberativo;

2) Considerar todos eles INIMIGOS PÚBLICOS DO BAHIA e impedir o acesso ao clube, a eleições e candidaturas, PERSONAS NON GRATAS AD ETERNUM;

3) Vender o que for possível do ainda restante patrimônio do clube: sede de praia, apartamentos, veículos e pagar dívidas trabalhistas e outras;

4) Reduzir custos com as divisões de base, trabalhando apenas com juniores, fechando as demais para economizar o que for possível – depois abre de novo, é temporário mas vai reduzir custos;

5) Demissão imediata de toda a comissão técnica – preparadores, médicos, enfermeiros (diga-se de passagem, o que tem de colega se lançando candidato a vereador não tá no gibi: Natan, Sapucaia, só faltou Marcos Lopes; só que hoje ser Bahia é perder votos, eles não viram isso?);

6) Reestruturar os estatutos do clube: nada de conselheiros-fantasmas nem voto de cabresto. Presidente, Diretor de Futebol e só. Sócios eleitores, um voto pra cada. Alguns critérios seriam adotados para salvaguardar o clube de, por exemplo, um Binha da vida se lançar candidato e ganhar, porque aí seria voltar no tempo;

7) Formar um elenco com projeção para resultados para daqui a cinco anos: um mesmo técnico, um elenco de base pescado no interior ou em outros estados, adotando uma fórmula européia que já mostrou que dá certo: o resultado só vem depois de anos de trabalho, não adianta juntar onze e achar que eles vão se tornar sumidades ou se tornarão um time do dia pra noite. Lembram de Sávio, Romário e Edmundo no que deu?

8) Construção do tão sonhado estádio, pra 25 mil pessoas. Nada de sonhos megalomaníacos, pés no chão. A própria torcida poderia colaborar em troca de benefícios, tais como camarotes, ingressos eternos, etc. Assisti a Copa da Uefa esta semana e vi um time de Chipre, Anostosis Famagusta parece, jogar no seu estádio, logo Chipre que é menor que o bairro de Cajazeiras mas tem um time com um estádio qualificado para a Uefa. E ainda tem gente que consegue abrir a boca pra falar mal do Barradão, pobres coitados…

9) Fortalecimeno da imagem do Bahia através de campanhas para captação de sócios, de patrocinadores. Um bom departamento de marketing que venda a marca Bahia com a propriedade que lhe é merecida.

Em cinco anos, o Bahia estaria forte e poderia voar alto, isto é garantido.

Podem usar as idéias de novo, eu não ligo, mas pelo menos quando o fizerem, lembrem de me dar o crédito, é o mínimo de honra que se pode esperar.Por Duda Sampaio

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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