Querem minimizar provável conquista do Bahia


Rui Carvalho

Uma situação atípica vive o Bahia neste Estadual de 2008, já que sem mando de campo, sequer é interessante ser 1º ou 4º colocado, embora se mantenha firme à frente, cedendo eventualmente e por pouco tempo esta liderança ao Vitória de Conquista tão somente.

Ser primeiro leva a vantagem de apenas encerrar a competição em seus domínios, pergunta-se: Qual domínio seria esse? Tanto faz jogar em Camaçari ou Feria de Santana, pra lá sua fanática torcida vão na mesma proporção que as dos adversários.

Acho que o mérito do Bahia, caso venha obter o mesmo sucesso nesta etapa final desta mal planejada competição, será um feito muito importante e válido, não para parte da imprensa baiana, talvez aquela mais rubro-negra, já que profissionalismo mesmo por estas bandas, anda meio comprometido, é só observar o ranking de nossa Federação de Futebol frente a outras no passado atrás e agora, anos luz à frente, como as de Goiás e até Pernambuco.

Embora seja este um dos campeonatos regionais mais competitivos da metade desta década pra cá e ter o tricolor enfrentado uma desvantagem técnica frente aos seus concorrentes nunca antes observado, por conta da falta de seu habitat natural e consagrado, hoje demonizado pelos interesses escusos dos que querem afundar a instituição, na ânsia ensandecida de controlá-lo sem as observâncias estatutárias imediatas, se aproveitando do suposto fracasso que a queda da Fonte Nova provocou no já rebaixado E.C.Bahia, conforme assim se imaginava, eis que o agora esquadrão de aço tira leite de pedra e se sobrepõe sobre todos os adversários com uma facilidade incrível, imputando um a um, duas vitórias nesta fase classificatória.

Apesar de tudo há jornalistas renomados, que em seus textos, tantos em jornais de grandes circulações como nos Blogs, já vão minizando a provável conquista do Bahia, acusando ser esta competição de parâmetro duvidoso, cognominado agora de campeonato ex-tadu-au, tudo só prá não aceitar a ascensão técnica do tricolor, na vã iniciativa de respaldar o tal asfixiamento, que tanto pleiteiam e que eles de certa forma apóiam, razões não lhes faltam, magoados também pela insistente permanência dos dirigentes que se eternizaram a frente do tricolor e não largam o “osso” como bem dizem em seus pleitos.

Certo mesmo que, se o tricolor não lograr os mesmo resultados obtidos nesta fase que se finda, todo o discurso de campeonato pífio, cai por terra e reafirmam então aí, o discurso da hegemonia rubro-negra que melhor satisfaz aos interesses gerais, enquanto isso, nessa luta inglória vai o nosso futebol caindo pelas tabelas da Federação Brasileira de Futebol, perdendo espaço a cada dia, aumentado cada vez mais às distâncias de ranking, afastando os investidores e nos empurrando a todos para um caos sem precedente.

Se a questão é pagar pra ver, vamos ver no que vai dar, até lá vamos ver se ainda há viabilidade no que resta.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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