Exatamente às 15h50, o assessor de comunicação do Vitória, Roque Mendes, comunicou oficialmente a saída de Vadão do comando técnico do rubro-negro. Os jogadores estavam chegando ao CT e quase todos ficaram surpresos. O atacante Rodrigão, um dos destaques da equipe com os dois gols feitos no dia anterior no empate por 2×2 diante do Vitória da Conquista foi o primeiro. Ele estava falando sobre os gols e da felicidade de sua mulher, Hortência, ter assistido ao jogo. Chegou a brincar e tentar mudar o que disse antes, afirmando que ela é pé-quente porque fez os gols, mas sua presença, mais uma vez, não o fez sair vitorioso de campo.
Ao saber da saída de Vadão, Rodrigão ficou mais sério. “Na Europa e na Arábia os treinadores têm mais tempo para trabalhar. Aqui, no Brasil, infelizmente, na ausência de bons resultados, a comissão técnica é cobrada. É uma decisão da diretoria que a gente tem mais que respeitar e desejar muita sorte a Vadão e ao Gersinho”.
O zagueiro Alex Oliveira, um dos contratados que não estrearam, não gostou da saída de Vadão, mesmo estando no Vitória desde o mês de janeiro. Alex reconhece que houve falta de oportunidade e não se sente prejudicado pelo ex-treinador, que pediu a sua contratação. “ O técnico não me escalou porque a defesa estava bem com Marcelo Batatais e Anderson Martins, mas concentrei e fiquei no banco várias vezes. Por último, sofri uma torção no joelho esquerdo e não fui nos últimos jogos. Nada contra Vadão, a não ser lamentar a sua saída”.
Quem também ficou surpreso foi o meia/atacante Jackson, que no jogo de anteontem foi escalado como ala pela direita e só jogou nessa função apenas cinco minutos e o restante da partida como lateral. “Todo sacrifício é válido e não me queixo. O que achei ruim foi a saída do nosso comandante”, comentou Jackson que já jogou com Vágner Mancini, em 2002, defendendo o Etti Jundiaí.
Vágner Mancini será o novo treinador do Vitória
Perfil jovem e ofensivo
No segundo semestre do ano passado, Vágner Mancini, 41 anos, trabalhou no Al Nassr, dos Emirados Árabes. De volta ao Brasil, foi demitido invicto do Grêmio: quatro vitórias e dois empates. A decisão surpreendeu o Rio Grande do Sul. Os órgãos de imprensa informaram que o treinador não tinha o perfil desejado pela diretoria, que considerava o esquema tático ofensivo e notava falta de “pulso” no vestiário.
Justificativas curiosas considerando-se o investimento para repatriar o ex-meia, campeão da Libertadores e vice-mundial pelo próprio Grêmio, em 1995. Segundo a imprensa gaúcha, o tricolor gastou cerca de R$500 mil para trazê-lo do mundo árabe, devido a multas. O salário estaria na casa de R$100 mil/mês e a contratação do preparador-físico Armando Bracalli havia sido outra imposição.
Radialista garante que Tite deve ser o novo técnico do Vitória
O novo técnico do Vitória deverá ser anunciado até esta quarta-feira (26/03). As últimas informações de dentro da Toca do Leão dão conta de que Tite deve desembarcar nas próximas horas em Salvador para dirigir o rubro negro. Enquanto isso não acontece, o ex-zagueiro Flávio Tanajura comanda a equipe no Campeonato Baiano. Como Jogador, Tite começou sua carreira no Caxias, em 1978. Em 1984 foi vendido pro Esportivo de Bento Gonçalves.Em 1985 foi para Portuguesa, e no ano seguinte pro Guarani, que seria vice-campeão brasileiro em 1986 e 1987 (Taça União) e vice-campeão paulista em 1988.
Tite tornou-se treinador em 1990, dirigindo o time do Guarany de Garibaldi, no ano seguinte assumiu o Caxias. Treinou diversos times medianos gaúchos (Veranópolis (1991-1995 e 1998) ganhando a segunda divisão gaúcha em 1994, Ypiranga (1996), Juventude (1997). Com informações do radialista Márcio Martins – Atualizada ás 09.00
Flávio dirige a equipe amanhã
Coincidência ou não, depois do empate do Vitória com o xará de Conquista, o segundo assistente-técnico Flávio Tanajura, encostou no backdrop onde Vadão dava a coletiva e ficou muito atento ao que ele falava. Ontem, depois de ser anunciado que seria o técnico interino, o ex-zagueiro foi abordado sobre o fato e não perdeu o foco. “É verdade, foi mais para dar uma força a Vadão, porque pressenti que ele estava abatido e qualquer coisa poderia acontecer, como aconteceu, com a sua demissão. É uma pessoa muito boa, aprendi muito com Vadão e Gersinho e soube que Vadão sugeriu ao presidente para eu ocupar o seu lugar”.Correio da Bahia/Adaptado
Foto – Agencia a Tarde
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