Artilheiro do Baianão a caminho da Coréia

Souza não era nascido quando o Fluminense teve pela última vez o artilheiro do Campeonato Baiano. Nos tempos de Delorme e Pinheirinho, goleadores de 1968 e 1971. Muitas assistências saídas dos pés de Merrinho. O treinador fez elogios a Souza, atacante de 26 anos, 14 gols em 17 jogos. “É muito rápido e se posiciona bem. No futebol, tem também o fator sorte. Hoje, a bola sobra para ele. Faz até de canela”, sorri. Ano passado, ambos foram campeões do acesso pelo Feirense, também de Feira de Santana. “Souza tem característica de velocista. Se encaixar lançamento do meio, fica difícil segurar”. Os gols invadiram escritórios Brasil afora. Jodilton Souza, responsável pela carreira do atleta e também diretor da EJE, empresa gestora do departamento de futebol do Fluminense, admite negociação avançada com o Jeju United, da Coréia do Sul, através de escritório paranaense. A K-League está na segunda rodada. O reforço seria apresentado no início de abril, encerrada a fase classificatória do Baianão. O Fluminense é nono entre 12 clubes. Por empréstimo até o final do ano, US$100 mil (R$172 mil). O contrato de parceria assinado em janeiro prevê 80% para a EJE e 20%, clube – as despesas de futebol são todas da empresa. No sistema tático de Arthur Bernardes, Souza substituiria Ricardinho, ex-Grêmio e Palmeiras, que quer voltar ao Brasil após três anos na Coréia. Caso seja artilheiro, o atestado federativo custará três milhões de euros (R$8,135 milhões) para transferência em definitivo. Do contrário, um terço do valor. Em janeiro, o contrato que terminaria dia 20 de março foi renovado até 2011, garante Jodílton, embora a prorrogação ainda não conste no BID da CBF. Souza até já dirige carro ganho, além de ter o salário dobrado. Estão paralisadas as conversas com Coritiba e Portuguesa, outros interessados. “A gente cogitou emprestar sem custo ao Vitória, mas o clube não quis”, revela.

Profissionalizado faz apenas três anos, o atacante evita comentar as propostas. “Senão, dá confusão na cabeça”, brinca. No amadorismo, atuou nas seleções de Feira de Santana, Conceição de Feira e Cruz das Almas. “Nunca quis ser jogador. Ia aqui e ali por amigos”, confessa, até o convite do Fluminense, através do presidente Everton Cerqueira. “Uma jóia a ser lapidada”, aposta Merrinho, olhar calejado.

Marcelo Sant’Ana/Correio da Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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