Neném Prancha sabe das coisas

Jogar futebol é simples, o difícil é jogar bonito. O pensamento vivo do filósofo eterno (este sim) Neném Prancha esteve presente ontem em Itabuna. O time da cidade jogou simples pra vencer o Vitória, o campeão baiano, o representante baiano da Série A.

O primeiro gol foi aquela falta cheia de veneno. Lei cobrou, um bolo de jogadores subiu nela, quase chegou a raspar na cabeça de um colega, mas a bola tomou efeito ao tocar no chão, o goleirão França voou, não achou e foi buscar lá dentro.É de Lei!

O segundo gol tem a cara daquela frase lá da primeira linha. Um jogador do Itabuna rouba a bola e toca rápido para Juca. Ele dá passadas largadas para livrar-se da marcação, e toca por cima de França. Tudo simples. Tudo certinho. Tá lá o 2 a 0.

O Vitória ainda diminuiu, com Índio de volta à taba, mas o amigo Carlão curtiu a terceira derrota seguida, noticiada no A Tarde On line, com direito a “maré de azar” e “degringolou de vez”. A galera adora esse vitorinha quando perde! Se diverte! 🙂

A boa surpresa desta rodada do By-anão foi a contratação de Ferreira pelo Itabuna. Ferreira também tem a ver com a teoria da simplicidade. Não inventa, não mascara, é o cara simples, batalhador, que une os jogadores com a sinceridade do olho no olho.

MEIO A MEIO

O Itabuna será outro adversário, mais difícil que ontem, no jogo de quarta-feira, 20h30min no Barradão. Três dias de Ferreira depois, o time azul virá fortalecido, fechado, enjoado, e o Leão que trate de afiar as garras.

Parece que não teve muito planejamento esta quantidade de contratações. Tá certo que tá pingando mais um dinheirinho aí depois da volta à Série A, mas até pra Vadão trabalhar com jogador demais pode dar uns tiltes.

O padrão que o Vitória lançou ontem é bem negô, como a torcida gosta de gritar. Muito bonito mesmo, e diferente de todos os outros, desde que o clube começou a curtir esta onda de se reinventar a cada temporada. Parabéns mesmo, todo mundo vai querer!

Só tem duas coisinhas pra pensar se é que vale a pena: em dias quentes, o uniforme retém mais calor, por força da natureza pois o uniforme escuro é assim, pergunte a Jah por que. E precisa o nome Fiat vir daquele tamanhão? Parece que o time é Fiat.

Nem parece que tem um Vitória ali debaixo daquela marcona. Será que não poderíamos ver com o amigo patrocinador se dava para equilibrar um pouquinho com o clube? A torcida termina antipatizando por causa do excesso. Poderia ser meio a meio, valeu?

Uma informação importante foi divulgada pelo grande Da Base: o Vitória está trazendo outro goleiro. Os nomes seriam Lauro, do Cruzeiro, um do Volta Redonda (deu pra ouvir algo parecido com Gati) e um Alessandro, do futebol paulista.

AMAZÔNIA

Para completar a alegria de Carlão e meus coleguinha digitais, o Bahião dita o ritmo do campeonato, puxando a fila dos 12 com os 2 a 0 que meteu no Flu de Feira. Um jogo engraçado porque o mando de campo foi do Bahia mas o jogo foi no brejo do Touro.

Didi abriu, Pantico fechou. Ótima idéia acompanhar todos os jogos, em vez de focar só nos supostos grandes. Mas é estranho contar os minutos à européia, em tempo corrido: a pessoa tem de fazer a conta pra saber a quantos minutos do segundo tempo foi o lance.

Nem tudo que rola no primeiro mundo é pra se copiar. Se fosse assim, essa Série A toda, eles não vinham pra cá comprar nosso Litoral Norte e nossa Chapada Diamantina. Vão dando adeus a estas regiões, viu? Agora, são protetorados da União Européia.

Deu na Metrópole que o jogo de volta do Bahia contra o Flu estréia o horário novo das transmissões da Itapoan, uma boa valorizada nos clubes baianos. E um jornalismo implícito em imagens que chegam a ser comoventes dando conta de nosso atraso.

O estádio Luiz Viana Filho mesmo, o palco de ontem, já passou da hora de receber um carinho. Pelo menos dêem uma aparada no matagal que fica no placarzinho artesanal. Será que Itabuna, com a economia que tem, já não podia ter um placar eletrônico?

O barranco, podem deixar, já deu pra acostumar: é bom dar valor ao meio ambiente. O Luizão tem um jeitão bucólico porque a tevê fica do lado oposto ao do barranco. O estádio fica associado a um tipo de hotel da Amazônia, acho que chamam de lodge.

O Atlético de Alagoinhas levou seus 2 a 0, jogando diante de sua torcida. Parece que o Carcará não é de confiança. Tem alguma coisa que deixa o time irregular. O Colo-Colo vai mostrando força, e como já chegou a campeão, tem alguma camisa.

O Poções se abriu demais pro Ipitanga. O placar de 3 a 0 baixou a crista do time que venceu o Bahia quarta-feira. Juazeiro e Camaçari tava 2 a 2, confirmem quanto foi mesmo o placar no noticiário da Federação: www.fbf.org.br.Blog – Paulo Leandro

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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