Indícios de fraude na assembléia do Bahia

O Portal Esportivo ouviu exclusivamente alguns participantes da reunião da assembléia geral que referendou as alterações estatutárias para adequação ao novo Código Civil e pelo que nos foi relatado houve muitos indícios de fraude no decorrer de todo o processo.

O Conselheiro Ademir Ismerim informou que diferente do que foi publicado no site oficial do clube dando como resultado da votação 168 x 11 em favor da aprovação do estatuto houve apenas 102 assinaturas no livro de Ata quando foi encerrada a votação.
Já o Sócio Mário Junior nos informou que solicitou a palavra e questionou o porquê da não apreciação de uma emenda feita pelo Conselheiro Ademir Ismerim onde acrescentava no texto original o artigo dando a assembléia Geral o direito de eleger de forma direta sua Diretoria Executiva. E para sua surpresa o presidente da mesa, Petrônio Barradas, Presidente do Bahia que foi indiciado por homicídio no caso da tragédia da Fonte Nova disse que não estavam ali para apreciar nada a não ser apenas referendar o que foi decidido pelo Conselho Deliberativo.
O Presidente Petrônio Barradas retirou assim a soberania da Assembléia Geral, pondo a mesma apenas e tão somente para dizer sim ou não ao que foi decidido pelo Conselho Deliberativo.
Outro indicio de fraude foi à votação sem ser secreta e sim no estilo “Osoriano” de levantem-se quem concordar e fiquem sentado os que discordam. Constrangendo assim a todos os presentes que certamente não puderam expor seus verdadeiros sentimentos por estarem sendo “Vigiados” pelos cardeais do Bahia.
Mais um indicio de fraude foi a não observância do quórum mínimo para que se fosse votada em primeira convocação a proposta, pois o estatuto que estava em vigência na reunião determina que tenha no mínimo 30% dos sócios quites em primeira convocação. Observando que o Bahia tem mais de 3 mil sócios remidos e mais 400 sócios patrimoniais quites o quórum mínimo para votação em primeira convocação seria de 1020(mil e vinte) sócios assinando em livro de ata e não os 102 informados pelo Conselheiro Ademir Ismerim ou mesmo os 179 informados oficialmente pelo site do clube.
Lamentável que um Clube com tantas tradições permaneça nas mãos de gente que não respeita o tramite legal nem mesmo do estatuto que eles mesmos fizeram e aprovaram. Lamentável também que a justiça baiana coincidentemente só julgue em favor dessa gente que manda e desmanda no Esporte Clube Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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