Copa de sobrenome

Depois de passar pelo Sousa, por 4 a 1, o ideal, para o Vitória é que ele enfrentasse o Silva, e depois, quem sabe, o Almeida para, então decidir o título com o Fonseca, após eliminar o Moreira na semifinal.

Mas Copa do Brasil é muito mais que uma brincadeirinha de sobrenome criada a partir de um adversário inicial por um cronista desocupado. O placar mais arregaçado lá no Marizão não é pra ninguém se iludir.

Foi bom para ver que o time tem seus bons valores. Marcos, que quer ser Bebeto, parece, foi esperto ao abrir o placar e a defesa voltou a mostrar o quanto precisa melhorar ao permitir o empate dos irmãos paraibanos.

Véio Jackson jogou bola, finalmente! E Carlos Alberto, ex-Bahia, pelo que saiu publicado no A Tarde on-line jogou direitinho. Até Moré resolveu dar uma dentro, antes de Michel fazer o quarto gol. Tudo bem distribuidozinho como um bom conjunto.

Eis o segredo da boa banda, como a Zion: Fininho toca bem a bateria, White e Tonho se revezam no baixo e contra-baixo, enquanto Jair Roots capricha na guitarra e prof. Beto canta as letras de libertação. Se o Leão jogar como a Zion toca, será campeão.

TREM

Esta é a competição que o Vitória deve mesmo focar, porque título estadual, se vier bem, se não vier, acredito não fazer tanta falta. Para o Leão, disputar campeonato baiano, é como um cara forte, malhadão, vestir a camisa de quando ele tinha 10 anos.

Fica esquisito. A política não deixou que prosperassem os campeonatos do Nordeste, que poderiam ser acessados pelos melhores classificados nos campeonatos estaduais da região. Aí sim, poderia dar uma boa motivada para os times de maior porte.

Mas, não. O pós-colonialismo que impera em um futebol dominado por barões e duques não permite estas idéias mais criativas. O jeito é tolerar e tentar ver o lado bom, tipo Polyanna nos livrinhos de adolescente.

A classificação antecipada só não foi tão comemorada pela criançada porque ficamos sem o jogo de volta no Barradão. Mas valeu para poupar mais os jogadores e dar mais tempo para Vadão treinar a rapaziada que está se conhecendo agora.

França é bom goleiro, mas a pergunta que não quer calar é quando Ney poderá voltar a pegar. Não sei se vai dar para o próximo adversário, provavelmente o Paraná, que empatou com o Trem lá no Amapá. Se for o Trem, talvez seja melhor pro Leão.

MAIS UM

Ir jogar lá no Amapá, já pensou? E, se fosse pra ir de trem mesmo, quanto tempo ia levar? E, passando pelo Trem, viria Navio, Avião, Carro ou qual outro meio de transporte?

Não se sabe direito. O importante, para o Leão, independendemente de enfrentar sobrenomes ou meios de transporte, é ir chegando mais perto da fase final da Copa do Brasil, um título que poderia dar um bom grau à estima do velho Lion.

Para quem não gosta de lembrar, vale a pena informar que o Vitória está entre os 10 times de maior pontuação na história desta competição. Quando chegar lá, será por mérito e regularidade, sem dúvida, para alegria de todos nós, baianos.

Quanto ao campeonatinho by-anão, bem… tá bom agora pro Atlético de Alagoinhas, que ultrapassou o Vitória e já é vice-líder. Serviria, talvez, para dar visibilidade ao time baiano que vai dar seqüência aos acessos à Série B, fundamentais para a Bahia.

O Vitória subiu em 2006, o Bahia em 2007, vamos todos, tentar unir as torcidas e todos os segmentos da comunidade esportiva para manter a mesma atenção que demos aos grandes e dar toda cobertura necessária para o acesso de mais um baiano este ano.Blog Paulo Leandro

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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