Bahia apresenta equipe da temporada 2008

Novidade esteve em falta na apresentação do grupo tricolor que vai disputar a temporada de 2008. As quatro contratações que o time já fez estavam lá, porém, apenas dois rostos são desconhecidos: os de Rivaldo e Anderson Costa, jogadores jovens que são apostas da diretoria e do treinador Paulo Comelli.

Até os próprios cartolas tricolores – conscientes da ausência de notícia no primeiro dia de treinamentos visando o Campeonato Baiano – fizeram pouco caso e não se interessaram em organizar uma apresentação decente dos novatos para a imprensa.

No site oficial do clube, o horário marcado para o encontro com os atletas e a comissão técnica era 15 horas, mas a imprensa só conseguiu falar com Comelli às 16h30 e com os novos contratados a partir das 17 horas, e no pinote, afinal, a prioridade era ir para o campo correr e não apresentar os atletas à torcida.

Antes disso, houve um longo papo com a diretoria, no auditório do Fazendão, e depois os atletas foram para a sala de musculação se exercitar. Só foram permitidas imagens da conversa. Na academia, onde fotógrafos e cinegrafistas poderiam fazer um melhor trabalho, a diretoria tricolor vetou.

O único que teve tempo de sobra para falar com a imprensa foi Comelli. Por ironia, tempo é o que ele não vai ter para preparar o Bahia de forma ideal para a próxima temporada. Se serve de consolo, nenhum treinador de time brasileiro terá.

“O tempo é curtíssimo. Temos apenas 13 dias para o início da competição. Vamos ter muitas dificuldades em relação a isso”, disse o treinador, que teme ter problemas físicos no elenco, que já não é muito vasto. “Colocar jogadores para atuar com pouco tempo de pré-temporada é um risco em relação a contusões, afinal, a musculatura estará despreparada”, afirmou.

Por isso, a prioridade nos cinco dias que antecedem a folga geral em 1º de janeiro será o aprimoramento da parte física. Aí entra em cena o preparador físico Dudu Fontes, que terá que fazer mágica para colocar todo mundo em forma até o dia 10 de janeiro, quando o Esquadrão estréia no Estadual, fora de casa, diante do Juazeiro.

“Hoje (sexta), trabalhamos apenas em um período, mas a partir de amanhã (sábado) serão três, às 7 horas, 10 e 16”, revelou Comelli. Provavelmente, os jogadores só verão a cor da bola depois do réveillon. No início de 2008, o treinador espera combinar com a diretoria um coletivo contra a equipe júnior e um amistoso em Camaçari.

O técnico do Bahia já garantiu que não vai seguir os passos do Vitória e colocar uma equipe B para começar o Estadual. “Vadão conhece bem o time dele e pode armar duas equipes. Eu não tenho esse privilégio, mas poderemos poupar um ou dois jogadores que eventualmente não estejam em condições ideais de atuar”, explicou.

Faltam três – Apesar de o diretor de futebol Ruy Accioly garantir que só vai contratar mais um goleiro, Comelli exige mais três reforços para o grupo ficar completo.

E não é preciso pensar muito para perceber que o treinador tem razão. Enquanto o dirigente considera Ananias e Thiago Neiva como opções para o meio e Deon para o ataque, Comelli conta apenas com os que já têm mais experiência profissional.

Na linha de frente, o Bahia perdeu os titulares Moré e Nonato e os reservas Amauri, Harley e Ednei. Para o lugar dos cinco, trouxe apenas Pantico e Anderson Costa, jogadores que poderão render, mas geram muita desconfiança.

No meio, o treinador tem os canhotos Elias e Rivaldo e o destro Inho. Precisa de mais um que atue pelo lado direito. Além de um atacante e um meia, Comelli também espera um goleiro.

O treinador explica que está encontrando muitas dificuldades para trazer os jogadores que tinha em mente. “Os times paulistas estão pagando muito mais do que o Bahia pode. A Federação passa verbas muito grandes para as equipes do interior”, disse ele, lamentando a concorrência.Daniel Dórea, do A TARDE

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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