Rui Carvalho: Bom mesmo é o jogo

É por estas e outras que prefiro comentar mais sobre futebol, a, ficar falando que a diretoria é isso e aquilo. Agora mesmo acabo de ler o texto do confrade Duda Sampaio, aqui no fórum (Portal Esportivo). Constato, infelizmente, mais uma vez, que os que mais opinam veementemente sobre esta causa, concluem não estarem disponíveis para servir ao tricolor ocupando cargos.

Ora, se um cara como Duda Sampaio, que vem a tempos metendo o pau nos dissabores, nos desmandos dos mandriões, demonstrando grandes conhecimento de causa. É médico, empresário, e até já passou por lá, não se disponibiliza para em curto prazo assumir uma nova gestão no tricolor, quem mais o fará?

Lembro bem e até poderia numerar alguns, se não fossem melindrá-los claro, mas é comum pessoa se anunciarem aqui e em outros ambientes virtuais, sem competência para assumirem tais cargos. Ora se alguns dizem não ter condições para ajudar na gestão tricolor, como podem criticar tanto os que o fazem, baseiam-se em que! Nos resultados em campo, na escassez de títulos recentes, isso é pouco quando se projeta o futuro, afinal como já constatados.

Bons resultados de gestão não acontecem da noite pro dia, requer paciência, a mesma paciência que não toleramos dos atuais e nem toleraremos aos do futuro, vai ser preciso encontrar um meio termo.

Sinceramente não me coloco a disposição para ocupar cargos, simplesmente por não ser influente dentre os conselheiros e associados, além do que sou inadimplente com o Clube, mas se desimpedido fosse e tivesse como arregimentar apoio, não pensaria duas vezes em me lançar a cargos, até em detrimento de meus próprios negócios, pois me considero, modéstia à parte, capaz de administrar diversos departamentos dentro do Bahia, pois tenho formação e experiência em diversas áreas que certamente precisam ser melhoradas por lá.

Mas, como sabemos, para se inserir num contexto favorável que credencie a alguém atingir estas funções é preciso apoio político, sem o qual nada se viabiliza e anotem aí, em caindo este grupo atual o próximo será também ligado aos políticos. Aliás, digo mais, caindo os atuais, nenhum desses antigos e badalados pretendentes terão espaço.

Vindo o insucesso na Série C, tão esperado, entrarão grupos ligados a JW, tenha certeza. Completamente descartados estão outros mais técnicos como, por exemplo, Virgilio Elisio, Bobô e até o tal Marcio Martins. A não ser que eles ou um outro como eles, venha também, como pau mandado, como dizem que são Petrônio no Bahia e Jorginho Sampaio no Vitória, nestas condições eu não toparia participar. Fora dessas condições tão cedo não será e, diga-se de passagem, enquanto tivermos dirigentes faz de conta, nada muda na essência, prefiro me ligar então só no futebol, que pra mim é lazer. É que ainda, apesar de tudo, encontro grande prazer em freqüentar estádios, costumo inclusive, viajar por ocasiões de jogos fora do estado, tem sido assim que programo meus passeios turísticos, juntando o agradável ao agradável.

Voltando ao que foi inicialmente a minha proposta quando abrir o notebook para escrever, que era relatar sobre as dificuldades do Bahia enquanto Instituição de primeira em passagem pela Série C. É que antes de começar a escrever achei de ler as opiniões daqui do portal e isto desvirtuou minha idéia inicial, mas vamos lá.

Quando escrevi o texto – Prepotência tricolor – alguns disseram que a minha leitura do jogo estava equivocada, que não foi esta a realidade do ocorrido em campo e blá, blá, blá. Olha! Sinceramente, e provo, que a leitura feita no texto é a mais real possível. Infelizmente a maioria não consegue desvincular as conquistas do tricolor do passado com a situação vivida na atualidade. Mas, se olharem àquele jogo como uma partida sem camisas, certamente vão me dar razão. Até já observei os melhores momentos vividos na partida que é o que realmente interessa e constato friamente que o tricolor poderia ter ganhado com mais folga esse jogo do CRAC. Esse condicionamento que está sendo feito é que faz diferença, afinal tem mesmo que levar em consideração o passado tricolor.

Como pode um jornalista, por exemplo, não estabelecer paralelos sobre Bahia e CRAC, por conta disso e só por isso é que não valorizamos as vitórias que o tricolor tem conquistado e sempre fica a pecha, ganhou, mas não convenceu, como se isso fosse essencial.

Só pra relembrar, é o Bahia ainda o primeiro no geral, melhor ataque, melhor defesa, apenas três derrotas até aqui. Interessante que ninguém mais comenta sobre ser o primeiro no geral, mas lembro bem que o Jornalista Nelson Barros, gente boa da melhor qualidade, fez matéria recente no Jornal A Tarde, quando o Bahia era o quarto no geral, numa matéria que chamou de positiva quando na verdade apontava o tricolor em quarto quando na ocasião era o primeiro da chave. Agora o tricolor divide a terceira posição com o Bragantino e ninguém ressalva que o Bahia é o primeiro no computo geral, afinal esta é uma posição que não vale nada pra classificação do octogonal. Sem querer estabelecemos dois pesos e duas medidas para as atuais situações do tricolor.

Vamos chegar ao fim da competição dizendo, ganhou, mas ainda não me convenceu. Isso é ridículo e serve tão somente para alimentar os contrários e inibir o prazer. A quem interessa esse discurso, não to nem aí! Como bom torcedor, adoro ganhar de gol de mão, de pênalti mau marcado por erro de arbitragem e até um golzinho impedido fica mais gostoso. Só não vale é a desonestidade, má intenção, erros comuns, pra lá ou pra cá, alimenta a peleja.

Rui Carvalho

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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