Nonato vai ajudar Artuzinho no Bahia

Os informantes foram acionados e a comissão técnica analisa relatórios dos sete adversários do Bahia neste octogonal decisivo da Série C. Os vídeos do Crac-GO estão a caminho, mas o técnico Arturzinho adianta: “qualquer outro detalhe pode ser fundamental”. Abre o olho, professor! Nonato pode fazer esse gol fora das quatro linhas.

O artilheiro tricolor atuou pelo Goiás na temporada 2006 e enfrentou o trio goiano no campeonato estadual. Aí vão as primeiras dicas. “O Atlético é um time que vem crescendo por lá nos últimos quatro anos; O Vila Nova é o mais tradicional; e o Crac é difícil de ser batido no seu estádio”, relembra o atacante.
A memória não falha. Primeiro adversário do Bahia, o Crac ainda não perdeu atuando como mandante na terceirona. O retrospecto aponta seis vitórias e três empates. Só que o jogo das 15h30 de domingo acontece na Fonte Nova, e aí a coisa muda de figura. O desempenho como visitante é apenas regular, com três vitórias, um empate e cinco derrotas. Mas cabe a ressalva. O time tem melhorado gradativamente seu rendimento – a ponto de se tornar o que mais pontuou na terceira fase (14 em 18 possíveis). Motivo de alerta, porque só o Bragantino-SP lhe arrancou três pontos na etapa que antecedeu o octogonal. Em seu favor, o Bahia tem os 100% de aproveitamento na Fonte Nova.

O tricolor começa a ser definido no coletivo de hoje à tarde, no Fazendão. Julgado, Fausto pegou apenas um jogo de suspensão e, como já cumpriu a automática, está à disposição do técnico Arturzinho. O zagueiro Eduardo se recuperou de uma pancada no tornozelo e treina desde ontem. Reapareceram também o zagueiro/volante Rogério e o lateral-direito Luciano Baiano. No departamento médico, só mesmo o atacante Ednei – submetido a infiltrações no joelho.

Gás – O preparador físico Eduardo Fontes arruma o grupo para o sprint na reta final deste Campeonato Brasileiro. O gás guardado como reserva durante boa parte da competição está liberado nestes últimos 45 dias para garantir o desempenho nas 14 partidas decisivas. “Tudo faz parte de um trabalho que projetamos durante a Série C. Se antes estava cobrando 90%, vamos para 100%”, garante Dudu. Agora, a série de treinos físicos busca apenas otimizar o limiar aeróbio. Em linguagem leiga, atenções voltadas à velocidade, com ênfase em coordenação e agilidade. A comissão técnica espera o time voando para encarar em bom nível os sete remanescentes das 64 equipes que iniciaram a terceirona, e para isso, dará atenção especial a alguns jogadores. Nonato, Carlos Alberto, Danilo Gomes, Harley, Eduardo, Rogério e Preto não escapam de um trabalho diferenciado na tarde de hoje. “São os que estão me devendo treino, por diferentes razões”, analisa Dudu Fontes. Alguns estiveram parados no primeiro semestre e outros vêm de lesões complicadas. O caso de Harley é exceção. O atacante não teve uma preparação adequada no Itabaiana-SE e precisa aprimorar o condicionamento. O preparador admite que o time teve uma queda sensível na terceira fase, mas adianta que o fator emocional teve acentuada influência. “Alguns atletas estavam suando no ônibus, antes da partida contra o Fast. A ansiedade gera um aumento no ritmo cardíaco e aumenta o desgaste físico”, alerta. Então, a solução é trabalhar para evitar o sufoco e encaminhar logo o retorno à Série B.
Crac manda jogos em Itumbiara
O Crac-GO ameaçou abandonar a Série C caso a CBF não marcasse suas partidas no octogonal para o Estádio Genervino Fonseca, em Catalão. Foi apenas prenúncio intimidativo, afinal, ontem, o clube já sinalizou como novo mando de campo o Estádio JK, em Itumbiara, com capacidade para 25 mil pessoas e reformado este ano pela administração municipal. “O laudo anterior à Série C indicava capacidade para 10.700 pessoas, porém não sinalizava ‘sentado’, como exige o regulamento”, explicou, por telefone, o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, referindo-se à determinação do Artigo 29 do regulamento da terceirinha. A diretoria do Crac tentou driblar a norma ao exigir nova vistoria do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, mês passado, na qual se apontou capacidade para 10.583 pessoas sentadas, com espaço de 40cm. Sem possuir o novo laudo, a CBF divulgou a tabela da fase decisiva e assinalou os jogos do clube do interior goiano como “a definir”. A expectativa era transferir as partidas para o Serra Dourada, na capital Goiânia, contudo, havia risco de choque de datas e campeonatos. “Temos o Goiás, na Série A; e o Vila Nova e o Atlético, na Série C”, justicou Pitta, que deu como nula a chance do Crac abandonar o Brasileiro. Segundo o Artigo 35 do regulamento da Série C, o clube que desistir da participação depois do início do campeonato “responderá a processo no STJD, com base no CBJD”. A pena, de acordo com o Artigo 204 do CBJD, seria de multa de R$10 mil a R$200 mil, além de “proibição de participar dos dois próximos campeonatos, torneios ou equivalentes, em qualquer entidade de administração do desporto da mesma modalidade”. O Crac registrou seis vitórias e três empates no Estádio Genervino Fonseca. O presidente do clube, Adib Elias Júnior, também é prefeito de Catalão. Na Série C, o Estádio JK foi mando de campo do Itumbiara-GO, eliminado na segunda fase. Barras-PI e Nacional-PB também tiveram alterados os mandos de campo na fase final. Vão atuar, respectivamente, no Estádio Alberto Silva, em Teresina, e no Amigão, em Campina Grande.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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